segunda-feira, 27 de abril de 2015

Fábrica da Jeep em Goiana inaugura nesta terça-feira dia 28

Um antigo canavial, em Goiana, no interior de Pernambuco, deu lugar a um dos complexos automotivos mais avançados do mundo e a mãos moderna planta produtiva da Fiat Chysler Automobiles (FCA). O polo automotivo Jeep ocupa uma área de 4,4 milhões de metros quadrados, dos quais 1,9 milhão são da montadora e outros 2,5 milhões do parque de fornecedores formado por 16 empresas. A área construída soma 530 mil metros quadrados, sendo 260 mil da fábrica Jeep. Com investimentos de R$ 7 bilhões, tem capacidade de produção de 250 mil veículos por ano e pode montar simultaneamente quatro modelos diferentes. O processo de produção, com alto grau de automatização, conta com 700 robôs. A operação em plena capacidade gerará mais de nove mil empregos. A inauguração oficial trouxe ao Brasil o comando do grupo Fiat Chrysler liderado por Sergio Marchionne. Contará com a presença da presidente Dilma Rousseff, autoridades locais, estaduais e federais e cerca de dois mil convidados.

domingo, 26 de abril de 2015

Forte terremoto atinge Índia e Nepal e provoca avalanche no Himalaia

O tremor de magnitude 7,8 atingiu uma área entre a capital, Kathmandu, e a cidade de Pkhara, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. As autoridades indicaram que já passam de 6 mil o número de mortos na tragédia, o que faz deste terremoto o mais mortífero no país em 80 anos. Desse total, mais de 630 pessoas foram mortas no Vale de Catmandu e pelo menos mais 300 na capital do país. No entanto, o balanço final do tremor pode ser muito maior, já que dezenas de pessoas também morreram nas vizinhas Índia e China. O terremoto, que ocorreu por volta do meio-dia local (03h11 de Brasília), durou entre 30 segundos e dois minutos e foi sentido em várias zonas do norte da Índia, confirmou Laxman Singh Rathore, diretor-geral do Departamento Meteorológico indiano, que informou sobre a ocorrência de uma réplica de magnitude 6,6 apenas 20 minutos após o primeiro tremor.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Tromba d'água é registrada no Rio Amazonas, em Parintins

Uma tromba d’água foi registrada por um morador de Parintins, a 369 Km de Manaus, na manhã desta terça-feira (21), após chuvas que atingiram a região. De acordo com o meteorologista Ricardo Dallarosa, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), imagens da tromba d’água serão analisadas. A assessoria da Prefeitura da cidade informou que não houve prejuízos.

Mais de 10 mil pessoas foram atingidas por tornado em SC

Números atualizados pela Defesa Civil de Santa Catarina mostram que pelo menos 10.000 pessoas foram afetadas pelo tornado que atingiu o município de Xanxerê (551 km de Florianópolis), no oeste de Santa Catarina, nessa segunda-feira (20). Mais de mil pessoas estão desabrigadas e um balanço preliminar informa que 2.600 imóveis foram afetados. A Defesa Civil divulgou também que mais de 300 pessoas receberam atendimentos médicos e 120 foram hospitalizadas. Esse tornado deve ser classificado como categoria F1, numa escala que vai de F0 a F5.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Nove motivos para você se preocupar com a nova lei da terceirização

O número de trabalhadores terceirizados deve aumentar caso o Congresso aprove o Projeto de Lei 4.330. A nova lei abre as portas para que as empresas possam subcontratar todos os seus serviços. 1- Salários e benefícios devem ser cortados O salário de trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos empregados formais, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No setor bancário, a diferença é ainda maior: eles ganham em média um terço do salário dos contratados. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, eles não têm participação nos lucros, auxílio-creche e jornada de seis horas. 2- Número de empregos pode cair Terceirizados trabalham, em média, 3 horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maiores, deve cair o número de vagas em todos os setores. Se o processo fosse inverso e os terceirizados passassem a trabalhar o mesmo número de horas que os contratados, seriam criadas 882.959 novas vagas, segundo o Dieese. 3- Risco de acidente deve aumentar Os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes. Na Petrobrás, mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013 eram subcontratados. A segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas condições tecnológicas e econômicas. Além disso, elas recebem menos cobrança para manter um padrão equivalente ao seu porte. 4 - O preconceito no trabalho pode crescer A maior ocorrência de denúncias de discriminação está em setores onde há mais terceirizados, como os de limpeza e vigilância, segundo relatório da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com refeitórios, vestiários e uniformes que os diferenciam, incentiva-se a percepção discriminatória de que são trabalhadores de “segunda classe”. 5- Negociação com patrão ficará mais difícil Terceirizados que trabalham em um mesmo local têm patrões diferentes e são representados por sindicatos de setores distintos. Essa divisão afeta a capacidade deles pressionarem por benefícios. Isolados, terão mais dificuldades de negociar de forma conjunta ou de fazer ações como greves. 6- Casos de trabalho escravo podem se multiplicar A mão de obra terceirizada é usada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo contemporâneo eram terceirizados, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Casos como esses já acontecem em setores como mineração, confecções e manutenção elétrica. 7- Maus empregadores sairão impunes Com a nova lei, ficará mais difícil responsabilizar empregadores que desrespeitam os direitos trabalhistas porque a relação entre a empresa principal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser comprovada. Em dezembro do último ano, o Tribunal Superior do Trabalho tinha 15.082 processos sobre terceirização na fila para serem julgados e a perspectiva dos juízes é que esse número aumente. Isso porque é mais difícil provar a responsabilidade dos empregadores sobre lesões a terceirizados. 8- Haverá mais facilidades para a corrupção Casos de corrupção como o do bicheiro Carlos Cachoeira e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda envolviam a terceirização de serviços públicos. Em diversos casos menores, contratos fraudulentos de terceirização também foram usados para desviar dinheiro do Estado. Para o procurador do trabalho Rafael Gomes, a nova lei libera a corrupção nas terceirizações do setor público. A saúde e a educação pública perdem dinheiro com isso. 9- Estado terá menos arrecadação e mais gasto Empresas menores pagam menos impostos. Como o trabalho terceirizado transfere funcionários para empresas menores, isso diminuiria a arrecadação do Estado. Ao mesmo tempo, a ampliação da terceirização deve provocar uma sobrecarga adicional ao SUS (Sistema Único de Saúde) e ao INSS. Segundo juízes do TST, isso acontece porque os trabalhadores terceirizados são vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais com maior frequência, o que gera gastos ao setor público. Fontes: Relatórios e pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e de juízes do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entrevistas com o auditor-fiscal Renato Bignami e o procurador do trabalho Rafael Gomes.