terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O que assassinato de embaixador russo revela sobre tensões na Síria

"Nós morremos em Aleppo, você morre aqui." A sinistra frase acima foi proferida pelo policial turco que segunda-feira matou a tiros o embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, durante a recepção de uma exposição na capital do país, Ancara. Antes de ser morto em um tiroteio com a polícia, o assassino disse estar agindo em retaliação ao apoio de Moscou ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil que assola o país do Oriente Médio desde 2011 - e que tem a cidade de Aleppo como um símbolo. A declaração exemplifica o complicado jogo de forças que cerca um conflito que, de acordo com estimativas da ONU, matou pelo menos 400 mil pessoas e provocou o êxodo de mais de 4,5 milhões. E o xadrez geopolítico poderá ficar ainda mais complexo por causa do assassinato de Karlov. O crime ocorreu em um momento em que Rússia e Turquia tentavam aparar arestas de um relacionamento já azedado pela derrubada de um avião militar russo pela força aérea turca, ocorrida em novembro do ano passado.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Algumas perguntas para entender a guerra na Síria e o que está acontecendo em Aleppo

Centenas de pessoas foram retiradas em ônibus e ambulâncias de um enclave dominado pelos rebeldes na cidade síria de Aleppo. Mas segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a retirada total dos civis e dos rebeldes deve levar dias. Nesta semana, forças do governo, apoiadas pelos aliados russos, tomaram o controle de quase todas as partes de Aleppo que ainda eram dominadas pelos rebeldes - uma grande vitória para o presidente Bashar al-Assad. Enquanto ele anunciava a "libertação" da cidade e dizia que história estava sendo feita, um vídeo com crianças de Aleppo circulava na internet. A gravação, na qual um grupo de 47 crianças órfãs pede para sair da cidade sitiada e fala sobre seu medo, se transformou em mais um exemplo da dramática situação da população civil no local. Mas quais as implicações desses últimos desdobramentos? Entenda esse e outros pontos da guerra que, segundo a ONU, já matou mais de 400 mil pessoas e obrigou mais de 4,5 milhões a fugirem. 1. O que está acontecendo em Aleppo e quais as implicações dos últimos desdobramentos? A cidade tem sido um dos principais campos de batalha entre forças do governo e os rebeldes que querem tirar Assad do poder. Em novembro, as tropas governamentais lançaram um novo ataque e rapidamente retomaram o poder de quase toda a cidade. Nas últimas semanas, elas conseguiram confinar os rebeldes em poucos bairros. Dezenas de milhares de civis conseguiram escapar, mas a ONU afirma que centenas desapareceram ao tentarem controlar áreas controladas pelo governo e que rebeldes estão impedindo que civis fujam. Nesta quinta-feira (15), as forças beligerantes acordaram um cessar-fogo no qual os rebeldes e suas famílias poderiam ser levados para outras partes do país controladas por eles. Outro ponto acordado é o de que os feridos seriam levados a hospitais. Aleppo já foi a maior cidade da Síria, com uma população de 2,3 milhões de habitantes. Também era o centro financeiro e industrial do país. Em 2011, quando explodiram os protestos contra Assad, a cidade não foi palco de grandes manifestações ou da onda de violência que atingiu outras localidades. Mas no ano seguinte, ela se tornou um campo de batalhas importante após uma iniciativa dos rebeldes para expulsar as forças governamentais. Aleppo acabou sendo dividida em dois e, nos quatro anos seguintes, se tornou um microcosmo do conflito, simbolizando as fraquezas dos dois lados da guerra e também o fracasso da comunidade internacional para proteger os civis e obter um acordo de paz. Se Assad de fato retomar totalmente a cidade, isso significa que ele passará a deter o controle das quatro maiores cidades do país. Ele pode esperar que a vitória em Aleppo seja uma bola de neve que desemboque no fim da guerra. Mas com as forças rebeldes, grupos jihadistas e curdos ainda controlando grandes partes da Síria, pode ser que a guerra continue por muito tempo. Então, há a possibilidade de o conflito se tornar um outro tipo de guerra - em que os rebeldes não estão tentando assegurar territórios, mas sim praticando um tipo de insurgência que ataca e recua rapidamente. 2. Qual era a situação na Síria antes da guerra? Antes do início do conflito, muitos sírios se queixavam de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão pelo governo Bashar al-Assad - que havia sucedido seu pai, Hafez, em 2000. Em março de 2011, adolescentes que haviam pintado mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deraa, no sul do país, foram presos e torturados pelas forças de segurança. O fato provocou protestos por mais liberdades no país, inspirados na Primavera Árabe - manifestações populares que naquele momento se estendiam pelos países da região. Quando as forças de segurança sírias abriram fogo contra os ativistas - matando vários deles -, as tensões se elevaram e mais gente saiu às ruas. Os manifestantes pediam a saída de Assad. A resposta do governo foi sufocar as divergências, o que reforçou a determinação dos manifestantes. No fim de julho de 2011, centenas de milhares saíram às ruas em todo o país exigindo a saída de Assad. 3. Como começou a guerra civil? À medida que os levantes da oposição aumentavam, a resposta violenta do governo se intensificava. Simpatizantes do grupo antigoverno começaram a pegar em armas - primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de suas regiões. Assad prometeu "esmagar" o que chamou de "terrorismo apoiado por estrangeiros" e restaurar o controle do Estado. A violência rapidamente aumentou no país: grupos rebeldes se reuniram em centenas de brigadas para combater as forças oficiais e retomar o controle de cidades e vilarejos. Em 2012, os enfrentamentos chegaram à capital, Damasco, e à segunda cidade do país, Aleppo. O conflito já havia, então, se transformado em mais que uma batalha entre aqueles que apoiavam Assad e os que se opunham a ele - adquiriu contornos de guerra sectária entre a maioria sunita do país e xiitas alauítas, o braço do Islamismo a que pertence o presidente. Isto arrastou as potências regionais e internacionais para o conflito, conferindo-lhe outra dimensão. Em junho de 2013, as Nações Unidas informaram que o saldo de mortos já chegava a 90 mil pessoas. 4. Quem está lutando contra quem? A rebelião armada da oposição evoluiu significativamente desde suas origens. O número de membros da oposição moderada secular foi superado pelo de radicais e jihadistas - partidários da "guerra santa" islâmica. Entre eles estão o autointitulado Estado Islâmico e a Frente Nusra, afiliada à Al-Qaeda. Os combatentes do EI - cujas táticas brutais chocaram o mundo - criaram uma "guerra dentro da guerra", enfrentando tanto os rebeldes da oposição moderada síria quanto os jihadistas da Frente Nusra. Também combatem o Exército curdo, um dos grupos que os Estados Unidos estão apoiando no norte da Síria. Desde 2014, os EUA, junto com o Reino Unido e a França, realizam bombardeios aéreos no país, mas procuram evitar atacar as forças do governo sírio. Já a Rússia lançou em 2015 uma campanha aérea com o fim de "estabilizar" o governo após uma série de derrotas para a oposição. Essa intervenção possibilitou vitórias significativas das forças aéreas sírias. Os rebeldes moderados têm requisitado armas antiaéreas ao Ocidente para responder ao poderio do governo sírio. Mas Washington e seus aliados têm procurado controlar o fluxo de armas por medo de que acabem indo parar nas mãos de grupos jihadistas. 5. Qual é o envolvimento das potências internacionais? Os Estados Unidos culpam Assad pela maior parte das atrocidades cometidas no conflito e exigem que ele deixe o poder como pré-condição para a paz. Já a Rússia apoia a permanência de Assad no poder, o que é crucial para defender os interesses de Moscou no país. O Irã, de maioria xiita, é o aliado mais próximo de Bashar al-Assad. A Síria é o principal ponto de trânsito de armamentos que Teerã envia para o movimento Hezbollah no Líbano - a milícia também enviou milhares de combatentes para apoiar as forças sírias. Estima-se que os iranianos já tenham desembolsado bilhões de dólares para fortalecer as forças sírias, provendo assessores militares, armas, crédito e petróleo. Contrapondo-se à influência do Irã, a Arábia Saudita, principal rival de Teerã na região, tem enviado importante ajuda militar para os rebeldes, inclusive para grupos radicais. Outro aliado importante dos rebeldes sírios, a Turquia tem buscado limitar o apoio dos EUA às forças curdas, que acusam de apoiar rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão). Os rebeldes da oposição síria ainda têm atraído apoio em várias medidas de outras potências regionais, como Catar e Jordânia. 6. Por que a guerra está durando tanto? Um fator chave é a intervenção de potências regionais e internacionais. Seu apoio militar, financeiro e político tanto para o governo quanto para a oposição tem contribuído diretamente para a continuidade e intensificação dos enfrentamentos, e transformado a Síria em campo para uma guerra indireta. A intervenção externa também é responsabilizada por fomentar o sectarismo no que costumava ser um Estado até então secular (imparcial em relação às questões religiosas). As divisões entre a maioria sunita e a minoria alauita no poder alimentou atrocidades de ambas as partes, não apenas causando a perda de vidas, mas a destruição de comunidades, afastando a esperança de uma solução pacífica. A escalada de terror causada por grupos jihadistas como o EI - que aproveitou a fragilidade do país para tomar o controle de vastas partes de território no norte e leste - acrescentou outra dimensão ao conflito. 7. Qual é o impacto da guerra? Segundo a ONU, a guerra já matou mais de 400 mil pessoas e obrigou mais de 4,8 milhões de pessoas a fugir de suas casas - a maioria mulheres e crianças. O êxodo de refugiados, um dos maiores da história recente, colocou sob pressão os países vizinhos - Líbano, Jordânia e Turquia. Cerca de 10% deles buscam asilo na Europa, provocando divisões entre os países do bloco europeu sobre como dividir essas responsabilidades. E as estatísticas terríveis não param por aí. A ONU disse que são necessários US$ 3,2 bilhões para prover ajuda humanitária a 13,5 milhões de pessoas - incluindo seis milhões de crianças - no país. Além disso, 70% da população não tem acesso a água potável, uma em cada três pessoas não consegue suprir as necessidades alimentares básicas, mais de 2 milhões de crianças não vão à escola e uma em cada cinco indivíduos vive na pobreza. 8. O que a comunidade internacional faz para pôr fim ao conflito? Como nenhuma das partes é capaz de impor uma derrota decisiva à outra, a comunidade internacional há muito concluiu que a única forma de pôr fim à guerra é por meio de uma solução política. O Conselho de Segurança da ONU pediu a implementação do Comunicado de Genebra, adotado em 2012 na cidade suíça, que contempla um governo de transição com amplos poderes executivos "baseado no consentimento mútuo". Porém, as negociações de paz de 2014, conhecidas como Genebra 2, foram interrompidas. A ONU responsabilizou o governo sírio por se recusar a discutir as demandas da oposição. Um ano depois, a ascensão do grupo autodenominado Estado Islâmico deu novo ímpeto à busca por uma solução pacífica. Em janeiro deste ano, Estados Unidos e Rússia conseguiram convencer as partes em conflito a participar de "conversas de aproximação" em Genebra para implementar o plano da ONU. Mas as negociações foram suspensas ainda na fase preparatória, depois que as forças de segurança sírias lançaram uma ofensiva contra a cidade de Aleppo, no norte do país. Este ano, as duas superpotências mundiais conseguiram negociar uma interrupção das hostilidades, com a qual os enfrentamentos foram suspensos. A última trégua parcial, em meados de setembro, fracassou dias depois de entrar em vigor, após um ataque letal contra um comboio de ajuda humanitária, no qual morreram 20 civis. Os EUA culparam a Rússia pelo bombardeio - Moscou negou as acusações. Uma nova tentativa de salvar o cessar-fogo fracassou nesta semana em Nova York. O chanceler britânico, Boris Johnson, convocou os embaixadores da Rússia e do Irã no Reino Unido para discutir sua "preocupação" sobre a ação dos dois países na Síria. Ele disse que esses países falharam ao não ajudar no envio de ajuda humanitária a Aleppo e disse que ambos precisam garantir que as tropas da ONU supervisionem o processo de retirada dos civis e dos rebeldes. O Ministério de Defesa da Rússia disse que as autoridades sírias garantiram a segurança dos grupos armados que decidiram deixar a cidade. Na quinta-feira, o governo sírio anunciou uma nova ofensiva militar em Aleppo para recuperar áreas controladas por rebeldes. Após o anúncio, a cidade foi alvo de bombardeios ainda mais intensos que os vistos no país nos últimos meses. Fonte: www.Uol.com.br

Caminhão invade feira natalina em Berlim e deixa mortos e feridos

O caminhão invadiu uma feira de Natal nesta segunda-feira (19) em Berlim, na Alemanha. Segundo o último balanço da polícia, 12 pessoas morreram e 48 feridos, alguns seriamente, foram levados a hospitais da cidade. "Triste realidade. Hoje 12 pessoas perderam suas vidas na #Breitscheidplatz. 48 estão, parte seriamente ferida, em hospitais", afirmou a polícia cerca de cinco horas depois do primeiro balanço, que indicava 9 mortos e cerca de 50 feridos. Ainda não está claro por que o caminhão saiu da avenida em que estava e entrou na área da feira, que acontece na praça Breitscheid, perto da avenida Kurfürstendamm, na parte Ocidental de Berlim. A polícia informou que um suspeito de ser o motorista do caminhão foi preso perto do local e que um passageiro do veículo morreu no local. O caminhão tinha placa polonesa e nele foram encontradas vigas de aço. Suspeita-se que o veículo tenha sido roubado na Polônia em um local de construção, disse a polícia. Após a prisão do suspeito, a polícia informou que não havia mais nenhuma situação de perigo na região da praça, mas cerca de uma hora depois disse que estava checando "um item suspeito" numa rua ao lado da praça. O ministro alemão do Interior disse que elementos apontam para um ataque, mas que não quer especular. A Casa Branca repudiou o que "parece ser um ataque terrorista" em Berlim.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Mercosul suspende Venezuela por não cumprir normas do bloco

nezuela foi suspensa do Mercosul por não ter cumprido acordos e tratados do protocolo de adesão ao bloco, informou à Reuters nesta quinta-feira (1º) uma fonte ligada às negociações. A informação também foi anunciada pela AFP, que a atribui a uma fonte do governo brasileiro não identificada. O governo venezuelano será comunicado por uma nota oficial da Secretaria Geral do Mercosul ainda na sexta-feira e perderá todos os direitos de participação no bloco. A suspensão é por tempo indeterminado. De acordo com a fonte, para retornar ao Mercosul a Venezuela terá que renegociar todo o seu protocolo de adesão, com novos cronogramas e prazos para cumprimento dos acordos, como se fosse uma nova adesão. "Com o atual momento político e as dificuldades de negociação, é muito difícil prever quando, se e como a Venezuela pode tentar renegociar", disse a fonte do Ministério das Relações Exteriores brasileiro à Reuters. A decisão foi tomada em reunião dos negociadores durante a tarde, mas já estava prevista há alguns dias. Nesta quinta-feira, a Venezuela completa quatro anos de adesão ao Mercosul, e este foi o prazo máximo dado ao país pelos outros membros - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - para que os venezuelanos cumprissem todas as normas de adesão. Até esta semana, os venezuelanos haviam incorporado apenas cerca de 80 por cento das 1.224 normas técnicas exigidas, e 25 por cento dos tratados necessários. Entre eles, normas consideradas essenciais. A principal delas é o Acordo de Complementação Econômica 18. O texto prevê, entre outros pontos, a tarifa externa comum e o programa de eliminação de barreiras tarifárias intrabloco e é considerado a espinha dorsal do acordo comercial do Mercosul. Os venezuelanos alegavam que não precisariam aderir ao ACE 18 porque tinham acordos individuais com cada um dos quatro países. "Esses acordos não substituem porque todas as atualizações são feitas pelo ACE 18. Agora eles disseram que estavam dispostos a negociar, mas não dava mais", disse a fonte ouvida pela Reuters. Entre os tratados que não foram cumpridos, um considerado essencial é o protocolo de compromisso com a promoção e proteção dos direitos humanos. O primeiro artigo diz: "A plena vigência das instituições democráticas e o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais são condições essenciais para a vigência e evolução do processo de integração entre as Partes". O governo venezuelano alegava que algumas das normas do Mercosul feriam sua legislação. "Mas se o país quer de fato aderir, precisa mudar suas leis", disse a fonte. Mais cedo, antes mesmo da decisão definitiva, a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, usou sua conta no Twitter para informar que o país estava acionando o mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul para questionar a suspensão. "A Venezuela se respeita! Funcionários comprometidos com mandatos imperialistas não podem atentar contra nossa pátria com suas ações anti-jurídicas", escreveu. Recentemente, o governo brasileiro e os demais países do bloco haviam baixado o tom das críticas políticas à Venezuela para esperar o resultado das negociações entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, intermediada pelo Vaticano. Isso, no entanto, não teria relação com a situação do país no Mercosul, explicou a fonte. A decisão pela suspensão esperava apenas o prazo e o resultado do levantamento feito pela Secretaria Geral do Mercosul para que fosse tomada. Em setembro deste ano, em uma reunião no Uruguai, os quatro países originais do bloco decidiram dar o prazo para que a Venezuela se adequasse antes da suspensão definitiva. Essa foi a saída encontrada para que o país não assumisse a presidência pro tempore, como estava previsto pelas regras do bloco, a partir de julho. Nesse período, diplomatas de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai fizeram a coordenação do Mercosul. Agora, com a decisão, a presidência deve passar para a Argentina. Fonte: G1.com.br

domingo, 27 de novembro de 2016

Funeral de Fidel Castro vai durar nove dias

Cuba fará luto de nove dias para se despedir de Fidel Castro. As cinzas do líder da Revolução Cubana percorrerão a ilha em uma carreata, antes de chegar ao seu destino final, o maior cemitério de Santiago de Cuba, em 4 de dezembro. O governo de seu irmão, Raúl, nomeou uma comissão especial para organizar os funerais. Fidel faleceu na sexta-feira às 22h29 locais (01h29 de Brasília) e seu corpo será cremado neste sábado em um ato privado. As cinzas ficarão expostas na segunda e na terça-feira no memorial José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, onde a população poderá prestar sua homenagem, segundo um comunicado oficial. Na mesma terça-feira, dia 29, às 19h locais (22h de Brasília), Havana despedirá o histórico dirigente com um ato multitudinário na Praça da Revolução, coração político de Cuba, onde Fidel fez muito de seus famosos e quilométricos discursos. 'Peregrinação das cinzas' No dia seguinte, começará uma peregrinação com as cinzas de quatro dias, entre 30 de novembro e 3 de dezembro, que percorrerá 13 das 15 províncias da ilha. Os restos mortais do líder viajarão de estrada no sentido contrário ao da "Caravana da Liberdade", a mesma que levou um Fidel triunfante de Santiago de Cuba até Havana em 1959, quando depôs a ditadura de Fulgencio Batista. Será um trajeto de 1.000 km até Santiago de Cuba, onde está previsto um "ato maciço" na praça Antonio Maceo. O sepultamento ocorrerá no dia 4 de dezembro às 07h locais (10h de Brasília).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Furacão e terremoto atingem a América Central

ho do furacão Otto, vindo pelo Mar do Caribe, tocou a terra no extemo sudeste da Nicarágua na tarde desta quinta-feira (24). Com diferença de cerca de uma hora, um forte terremoto de magnitude 7,0 ocorreu no Oceano Pacífico, no lado oposto do continente da Amércia Central. O furacão Otto, de categoria 2, chegou com intensas chuvas e fortes ventos, de até 175 km/h, afetando não só a Nicarágua, como também o norte da Costa Rica. Já o terremoto foi sentido nesses dois países e também em El Salvador. O epicentro do tremor foi registrado a 10,3 km de profundidade e a 153 km da cidade de Puerto El Triunfo, em El Salvador, de acordo com o USGS. O Centro de Aviso de Tsunami no Pacífico dos EUA disse que ondas perigosas podem se formar a 300 km do epicentro. O Serviço de Emergência de El Salvador afirmou pelo Twitter que não há relatos imediatos de danos nacionalmente, mas ordenou que moradores de comunidades do litoral deixem a área. A ministra do Meio Ambiente, Lina Pohl, disse que ondas de três metros podem atingir a costa. Devido aos dois fenômenos naturais, que não têm ligação entre si, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, declarou estado de emergência no país. Segundo o jornal nicaraguense "La Prensa", o tremor foi sentido nas localidades de Managua, Masaya, Chinandega, Granada, Matagalpa, Carazo, León e Boaco.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Japão emite alerta de tsunami após forte terremoto

Um tremor de magnitude 7,4 com epicentro no mar atingiu o Japão às 5h59 desta terça-feira (22), pela hora local, segundo a Agência Meteorológica Japonesa. A agência inicialmente mediu magnitude 7,3, mas depois revisou o número. O Serviço Geológico dos EUA, por sua vez, informou também inicialmente que a magnitude foi de 7,3, mas em seguida a revisou para 6,9. As autoridades fizeram um alerta de tsunami para a Prefeitura de Fukushima, com possibilidade de ondas de 1 a 3 metros. Por volta das 11h, na hora local (22h em Brasília) a rede NHK informava que o mar subia cerca de 60 cm na costa. A NHK disse ainda que a usina nuclear de Fukushima foi inspecionada e não foi constatada nenhuma anormalidade. O abalo, que foi sentido em terra, aconteceu a poucos quilômetros da costa leste da Ilha de Honshu, a principal do Japão. O epicentro, localizado a 67 km da localidade de Iwaki, tem profundidade de cerca de 30 km. Em visita a Buenos Aires, na Argentina, o premiê japonês Shinzo Abe disse que ordenou às autoridades japonesas a fornecer informações "precisas e atualizadas" sobre o alerta de tsunami para a população. Zona sísmica O Japão se situa na junção de quatro placas tectônicas e experimenta uma série de tremores violentos a cada ano. Em março de 2011, um terremoto de 9,0 graus de magnitude provocou um tsunami na costa nordeste do Japão, deixando mais de 18.000 pessoas mortas ou desaparecidas, e derretendo três reatores da usina nuclear de Fukushima, o que provocou a liberação de uma grande quantidade de material radioativo. Em abril passado, dois fortes terremotos atingiram a província de Kumamoto, no sul do Japão, e foram seguidos por mais de 1.700 tremores secundários, deixando pelo menos 50 mortos e causando danos generalizados.

domingo, 13 de novembro de 2016

Super Lua acontece nesta segunda

A Lua Cheia do dia 14 de novembro de 2016 será extraordinária, não apenas por se tratar de uma Super Lua, mas sim por ser a maior e mais brilhante Super Lua em setenta anos. A Super Lua que acontece no mês de novembro será a maior e mais brilhante Lua Cheia em cem anos. A última vez que a Lua se aproximou tanto da Terra foi em 26 de janeiro de 1948, ou seja, a maioria da população mundial NUNCA viu uma Lua tão grande quanto essa que surgirá no céu em 14 de novembro... e a próxima vez que a Lua irá se aproximar tanto da Terra será apenas em 25 de novembro de 2034. Só com isso já dá pra entender como a Lua Cheia de amanha será especial e rara.

Na TV, Trump confirma muro e diz que irá deportar até 3 milhões o número de ilegais país

Em sua primeira entrevista após ser eleito presidente dos EUA, Donald Trump voltou a afirmar no domingo (13) que irá construir um muro na fronteira com o México e estimou em até 3 milhões o número de pessoas que podem ser inicialmente deportadas do país. Mas o republicano abrandou um pouco o discurso em relação ao sistema de saúde do atual presidente, e também aproveitou para elogiar enfaticamente sua adversária, a democrata Hillary Clinton, e o marido dela, o ex-presidente Bill Clinton. Ao lado da mulher, Melania, e de seus quatro filhos mais velhos, Donald Jr., Eric, Ivanka e Tiffany, ele concedeu a entrevista à jornalista Lesley Stahl, para o programa 60 Minutes, da CBS. A gravação aconteceu na sexta-feira, na cobertura de Trump, em Nova York. Ao ser perguntado pela entrevistadora se aceitaria uma cerca no lugar do muro na fronteira com o México, já que esta seria a versão debatida pelo Partido Republicano no Congresso, ele afirmou que sim, em partes. “Para algumas áreas eu aceitaria, mas para outras um muro é o mais apropriado”. Ele então falou sobre os processos de deportação. Durante a campanha eleitoral, Trump chegou a dizer que deportaria todos os imigrantes ilegais, cerca de 11 milhões de pessoas, e que depois permitiria que “boas pessoas” retornassem legalmente aos Estados Unidos.

Terremoto na Nova Zelândia deixa 2 mortos

O forte terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Nova Zelândia neste domingo (13) deixou duas pessoas mortas, segundo o primeiro-ministro, John Key."Nós não temos nenhuma indicação no momento de acreditar que vai subir [o número de mortos], mas não podemos descartar isso", disse Key a repórteres na capital, Wellington, acrescentando que os detalhes das mortes ainda estavam sendo confirmados, cerca de sete horas após o tremor principal. A polícia tentava chegar ao local de uma das mortes, uma propriedade rural a 150 km de Christchurch, enquanto outra pessoa morreu em um desabamento no vilarejo vizinho de Kaikoura. A Defesa Civil neozelandesa chegou a emitir, pelo Twitter, um alerta de tsunami (formação de ondas gigantes com potencial destrutivo) para toda a costa leste do país, incluindo Wellington, a cidade de Christchurch e as ilhas de Chatham. Às 18 horas (horário de Brasília), já não havia mais nenhum alerta de tsunami para a região. Milhares de pessoas deixaram suas casas na costa leste do país em direção a áreas mais altas, após a Defesa Civil da Nova Zelândia emitir o alerta de tsunami, com possibilidade de ondas destrutivas. Vilarejos rurais na Ilha do Sul foram isolados por deslizamentos de terra e ficaram sem serviço telefônico durante as fortes réplicas, que duraram horas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Donald Trump surpreende e é eleito presidente dos EUA, entenda como funcionam as eleições nos Estados Unidos

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, o magnata Donald Trump, surpreendeu a maioria dos prognósticos e foi eleito o 45º presidente do país na madrugada desta quarta-feira, 9. Ele contou com um bom desempenho em Estados-chave como Flórida e Ohio e vitórias surpreendentes em Michigan e Wisconsin para tirar os democratas da presidência. Entenda as regras da eleição No dia das eleições, os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto. Há, entretanto, duas diferenças fundamentais. A primeira está na modalidade do voto, que, nos Estados Unidos, é facultativo. Ou seja: no dia das eleições, o cidadão pode ir ou não ir às urnas, sem com isso ter qualquer prejuízo ou precisar apresentar qualquer justificativa. Isso também implica um tipo diferente de campanha, na qual os candidatos precisam convencer os eleitores pouco mobilizados a participar das eleições. A segunda diferença reside no caráter indireto das eleições americanas. Ao contrário do Brasil - onde a totalidade dos votos dos cidadãos é somada e, disso, concluído o vencedor do pleito - nos Estados Unidos o voto do eleitor não é creditado diretamente ao seu candidato. Os votos dos eleitores de cada Estado (ainda que dados para candidatos específicos) servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral (Electoral College). São estes que representarão os eleitores de sua unidade federativa na escolha final do futuro presidente. Desde 1954, o Colégio Eleitoral é composto de 538 assentos, dos quais pelo menos 270 votos (maioria mínima) são necessários para se decretar um vencedor. Ocorre, no entanto, que, na maioria dos casos, a determinação final dos votos de cada Estado é absoluta, e não proporcional. Isto é: mesmo que o candidato X derrote o candidato Y no Estado W por 55% contra 45% dos votos válidos, X obterá todos os representantes de W, enquanto Y não levará nenhum ao Colégio Eleitoral. Esse sistema é conhecido como "The Winner Takes It All" ("O Vencedor Leva Tudo"). (Os únicos Estados em que se realiza uma contagem diferente são Maine e Nebraska.) Soma-se a isso que cada Estado tem uma quantidade própria de representantes determinada proporcionalmente pelo tamanho de sua população. O sistema, assim, permite que, no final das eleições, Y obtenha mais votos totais que X e, mesmo assim, acabe derrotado no Colégio Eleitoral por ter perdido a disputa nos Estados mais populosos. Isso ocorreu pela última vez em 2000, quando o democrata Al Gore enfrentou o republicano George W. Bush. Bush derrotou Gore no Colégio Eleitoral por 271 votos a 266, embora tenha perdido na soma geral (47,87% contra 48,38%, ou 500 mil votos a mais para o democrata). Foi a quarta vez que o fenômeno ocorreu em toda a história da democracia americana. Estas características, aliadas ao alto grau de autonomia das leis eleitorais de cada Estado, fazem também com que o tempo em que o resultado das eleições é anunciado varie de ano a ano. Em 2000, devido às polêmicas das contagens na Flórida, o processo de contagem dos votos demorou mais de um mês. Já em 2008, devido à boa vantagem de Barack Obama em muitos Estados, o democrata já era o presidente eleito no final do dia da votação. Para melhor entender as eleições americanas, é bom ainda também ter em mente que, além de tamanhos e pesos eleitorais distintos, os Estados americanos possuem perfis políticos diferentes, o que por vezes acaba por lhes conferir funções específicas nas eleições. Os Estados americanos tendem a ter uma identidade política bem definida com um dos dois grandes partidos; isso ocorre, por exemplo, no Texas, que historicamente tem um voto republicano, independentemente dos candidatos em disputa. Contudo, há alguns Estados que podem tanto pender para um lado como para outro, como a Flórida. Estes Estados - "Swing States", como são chamados - tendem a atrair maior esforço e dinheiro de campanha e, em eleições bastante disputadas, geralmente são determinantes no resultado final. As eleições ocorrem sempre na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira do mês de novembro.

domingo, 30 de outubro de 2016

Novo terremoto atinge a região central da Itália e deixa feridos

Um novo terremoto de 6,5 de magnitude na escala Richter atingiu, na manhã deste domingo (30), as regiões de Úmbria e Marcas, no centro da Itália, e provocou vários desabamentos em construções já afetadas por tremores anteriores. Não há registro de vítimas. Várias pessoas foram retiradas vivas dos escombros, seis em Norcia, três em Tolentino, de acordo com vários meios de comunicação. A intensidade do terremoto causou, no entanto, deslizamentos de terra e muitas estradas nessa região da Itália foram cortadas. Segundo a imprensa local, o tremor registrado nesta manhã é o mais forte a atingir a península desde 1980. O terremoto de Áquila, que matou mais de 300 pessoas em 2009, teve uma magnitude de 6,3. Dimensão A magnitude de em 6,5 graus foi calculada pelo INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia) italiano, após ser elevado até 7,1 em um primeiro momento, corrigido para 6,1 e novamente elevado até a atual dimensão. Os especialistas precisam de tempo para estabelecer a magnitude com exatidão e o número ainda pode ser corrigido, segundo a imprensa local, que cita fontes do Instituto. O terremoto, de uma profundidade de 10 quilômetros, aconteceu às 7h40 (horário local, 4h40 no Brasil), e derrubou várias casas afetadas por tremores anteriores. "Foram abaixo construções de toda a região, estamos tentando comprovar se há pessoas sob os escombros", disse o chefe de Defesa Civil de Marcas, Cesare Spuri, à imprensa local. Grande parte das casas estava vazia porque, após os sismos do dia 26, as pessoas ficaram desalojadas. O prefeito de Acquasanta Terme, Sante Stangoni, confirmou destroços na cidade, assim como o de Tolentino, Giuseppe Pezzanesi. "Houve edifícios que caíram inteiros no centro histórico. É dramático", comentou Pezzanesi. O prefeito de Preci, Pietro Bellini, assinalou que houve novos derrubamentos em casas, igrejas e centros da cidade.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Atenção galera olha o gabarito do simulado de geografia do Curso Solução Timbaúba/PE

Meus queridos confiram o gabarito do simulado realizado hoje no Curso Solução. Hoje foi nossa última aula do ano, que Deus abençoe vocês sempre. Um xeru e um abraço já estou com saudade... 1º E 2º D 3º C 4º C 5º B 6º A 7º C 8º C 9º E 10º E 11º E 12º D 13º B 14º C 15º VVVFV 16º C 17º C 18º E 19º A 20º B 21º C 22º D 23º A 24º C 25º D 26º D 27º B 28º A 29º D 30º B 31º E 32º E 33º D 34º A 35º D 36º C 37º E 38º A 39º D 40º E 41º C 42º B 43º C 44º C 45º A 46º B 47º A 48º D 49º D 50º B 51º E 52º E 53º D 54º C 55º D 56º D 57º C 58º B 59º C 60º C

Iêmen: A guerra esquecida

Retalhado entre grupos opostos e facções terroristas, alvo de bombardeios aéreos constantes, com a economia em frangalhos, hospitais destruídos e uma crise de fome e desnutrição que está matando suas crianças, o Iêmen agoniza, mas pouca gente vê. Apesar de a situação humanitária no país da Península Arábica ser uma das mais severas do mundo, a guerra, que já dura um ano e meio, tem pouca visibilidade. “Diferentemente de conflitos como o da Síria, o Iêmen não atrai o mesmo nível de atenção internacional”, Entre as razões apontadas, está o baixo valor estratégico do Iêmen para os grandes poderes mundiais. Segundo o instituto, apesar de o terrorismo gestado por lá historicamente ter sido um desafio para os governos ocidentais, a guerra limitou significativamente a capacidade desses grupos extremistas de viajar para fora do país, assim como o acesso de seus apoiadores ao território iemenita. Por isso, o país não é um motivo de preocupação tão grande quanto o Iraque ou a Síria, por exemplo. O bloqueio por mar, terra e ar estabelecido pela coalizão saudita – que luta contra os rebeldes houthis – impede também que os iemenitas deixem o país. Com isso, não se gerou uma crise de refugiados como no caso da Síria, outro fator que contribuiu para a invisibilidade do conflito “As pessoas estão presas no Iêmen, então não há filas de refugiados em países vizinhos onde os repórteres podem vê-los e chamar a atenção para o conflito”, pontua Charles Schmitz, especialista em Oriente Médio e Iêmen do Instituto do Oriente Médio em Washington e professor da Universidade Towson em Baltimore. Outra dificuldade apontada por Schmitz é a falta de liberdade de imprensa. Repórteres iemenitas têm sido presos e atacados por ambas as partes do conflito, e jornalistas estrangeiros não conseguem ter acesso ao país devido ao bloqueio e à falta de infraestrutura. “Seria muito difícil viver no Iêmen, mesmo se um repórter conseguisse chegar ao país”, diz o professor. E completa: “A mídia no Iêmen é toda de propaganda de guerra. Reportagens de verdade não são feitas. Se os repórteres derem as notícias verdadeiras, são atacados por não apoiarem a causa da guerra”. Segundo a ONU, já são mais de 6,6 mil mortos desde o início do conflito – 3,8 mil deles eram civis, e 6,7 mil ficaram feridos. Ao menos 620 crianças morreram e 758 foram mutiladas desde meados de 2015, afirma a organização. Em um relatório publicado em Genebra, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denunciou recentemente os ataques contra mercados e instalações médicas e escolares, o uso de minas terrestres e de bombas de fragmentação e o recrutamento de crianças para transformá-las em soldados. O organismo pediu também a criação de uma comissão independente para apurar as violações de ambos os lados. O pedido foi negado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, que determinou que os abusos sejam investigados internamente. A decisão desapontou ativistas e especialistas, que são céticos em relação a uma solução próxima para o conflito. ENTENDA O CONFLITO A tensão no Iêmen começou a se acirrar na Primavera Árabe, em 2011, quando os rebeldes xiitas houthis participaram de protestos contra o então presidente e se aproveitaram de um vácuo no poder para expandir seu controle territorial em algumas regiões do país. O grupo rebelde é respaldado pelo Irã, também xiita, e reivindica mais participação no poder. Após anos expandindo seu controle, em setembro de 2014 os houthis conquistaram a capital, Sanaa. No início de 2015, o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi foi forçado a fugir para outra cidade do Iêmen e depois para a Arábia Saudita. Os houthis dissolveram o Parlamento e formaram um conselho presidencial para governar. Em março de 2015, a Arábia Saudita passou a liderar uma aliança árabe para conter o avanço dos houthis. A aliança tem o apoio dos Estados Unidos e faz bombardeios aéreos constantes às áreas dominadas pelos rebeldes. No entanto, até hoje não conseguiu recapturar Sanaa. Com o bloqueio aéreo e marítimo imposto pela coalizão saudita, o Irã consegue enviar somente pequenas quantidades de armamentos e outros materiais de ajuda para os Houthis. "Claramente a quantidade de material que o Irã fornece aos Houthis é muito limitado, o que mostra que os Houthis não são totalmente dependentes do Irã”, diz o professor Charles Schmitz. Segundo ele, os Houthis se abastecem de armamentos por meio de contrabandistas comuns, que não se importam com a origem do que entregam nem com quem está comprando. Por isso, é provável inclusive que armas sauditas caiam nas mãos dos Houthis, por meio desses contrabandistas. Além dos houthis, apoiados pelo Irã, e do presidente Hadi, apoiado pela Arábia Saudita, a disputa de poder no Iêmen inclui tribos sunitas, a Al-Qaeda e até o Estado Islâmico. COLAPSO DA ECONOMIA O Iêmen, que já era um dos países mais pobres do mundo, viu sua economia entrar em colapso ainda maior com o surgimento da guerra. A produção e exportação de gás e petróleo – principal motor da economia – parou, e o desemprego e a inflação cresceram. As reservas do banco central estão precariamente baixas por causa dos gastos com a guerra. De acordo com um relatório do Banco Mundial divulgado pela Reuters, o custo da destruição da infraestrutura do Iêmen e as perdas econômicas superam os US$ 14 bilhões até agora. FOME E DESNUTRIÇÃO Altamente dependente de importações de alimentos, o Iêmen sofre com um quadro de fome e desnutrição há décadas. Mesmo antes da escalada de violência, o país tinha milhões de pessoas famintas e um dos maiores níveis de desnutrição no mundo. A guerra acentuou muito esse problema, e as imagens atuais de crianças iemenitas esqueléticas lembram as cenas da epidemia de fome na Somália na década de 1990. “Todo o arroz do Iêmen e 90% do trigo são importados. A coalizão saudita impôs um bloqueio para prevenir que armas fossem para os houthis em Sanaa, mas sem importação e exportação, a economia estagnou em uma recessão severa com escassez de comida e inflação alta”, diz Charles Schmitz, do Instituto do Oriente Médio. Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, ao menos 7,6 milhões de pessoas, incluindo 3 milhões de mulheres e crianças, sofrem de desnutrição e falta de água potável. De acordo com a Unicef, 192 centros de tratamentos de má nutrição pararam de funcionar por causa do conflito. Além do bloqueio à entrada de alimentos importados, a destruição de rotas de comércio e fazendas por ambas as partes em luta criou uma escassez de produtos no mercado e levou os alimentos básicos a serem vendidos a preços exorbitantes. A ajuda humanitária também encontra grande dificuldade para chegar, devido ao alto preço dos combustíveis, aos bombardeios aéreos e à violência em terra. O custo elevado das mercadorias nas áreas de combate obriga os iemenitas a viajarem longas distâncias fora de algumas cidades para comprar produtos por um preço melhor. Muitas caminham por montanhas cheias de trincheiras e voltam com grandes cargas de comida em suas costas. Segundo um relatório da ONG Oxfam, moradores de uma das cidades que estão na linha de frente da guerra disseram que não havia vegetais nem fórmulas infantis no mercado e que em algumas áreas o preço dos alimentos aumentou 200%. “Em fevereiro [de 2016], quando perguntamos aos moradores da cidade de Taiz se eles tinham alguma preocupação de segurança na hora de comprar comida, a lista era longa: disparos de atiradores, bombardeios, batalhas repentinas, assédio nos postos de controle, abuso físico e verbal, insultos e humilhações”, diz o documento. “Muitos disseram que comem apenas uma refeição por dia para deixar comida para seus filhos. Alguns afirmaram que ficam sem comer por 36 horas seguidas nos momentos mais intensos do conflito”, prossegue o relatório.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Região central da Itália volta a ser atingida por terremotos

A terra voltou a tremer no centro da Itália e assustou a região devastada pelo terremoto de agosto. Os tremores assustaram os jornalistas que estavam num estúdio ao vivo. O primeiro, de magnitude 5,4, aconteceu nas regiões de Marche e Umbria, entre Perugia e Macerata, a dez quilômetros de profundidade, perto da cidade de Castel-Santangelo Sul Nera. Alguns muros desabaram, entre eles o de uma igreja de Nórcia, e algumas pequenas cidades ficaram sem luz. O segundo terremoto foi um pouco mais forte: 5,9 com epicentro em Visso, Macerata. Por enquanto, não há relatos de feridos graves e mortos. Mas a lembrança dos tremores de agosto, que fizeram 300 mortos, deixou a Itália apreensiva. Em Roma, os dois terremotos foram sentidos com muita força, num intervalo de duas horas um do outro. Muitos prédios balançaram. O primeiro-ministro, Matteo Renzi, está acompanhando a situação junto com a Defesa Civil.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Áustria vai demolir casa onde Hitler nasceu

VIENA — A casa onde Adolf Hitler nasceu, em 1889, na Áustria, será demolida, informou o ministro do Interior austríaco nesta segunda-feira. Em maio deste ano, o governo austríaco havia anunciado um projeto de lei para embargar a residência e acabar com uma batalha judicial iniciada para impedir que o imóvel se transformasse em um local de peregrinação nazista. O governo tenta desde os anos 70 “evitar que o local de nascimento de Hitler se torne um local de peregrinação ou memória” da aqueles que se identificam com a ideologia nazista, segundo o ministério.

Defesa Civil confirma tsunami meteorológico no Sul de SC

A onda gigante que atingiu a praia de Balneário Rincão e no Morro dos Conventos, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, é chamada de tsunami meteorológico ou meteotsunami. Meteorológico por que ele não é de origem geológica, ou seja, não foi originado a partir de um abalo sísmico. O que se viu neste fim de semana em SC foi o resultado da soma de fatores meteorológicos específicos, que costumam ser mais frequente na Primavera. Nesse caso, um sistema de baixa pressão atmosférica localizada se deslocou no mesmo sentido, direção e velocidade que o trem de ondas do mar. Por conta desses fatores, essa onda gravitacional conseguiu se acoplar às ondas, que já estavam sobre a plataforma continental, descarregando mais energia no oceano e, consequentemente, impulsionando o trem de ondas com mais força. Esse acoplamento, conforme a análise do oceanógrafo da Epagri/ Ciram, Carlos Salles, é chamado de ressonância. — Essas ondas de baixa pressão atmosférica empinam ainda mais as ondas do mar. Esse é o termo técnico, empinamento, que é quando a onda cresce para quebrar. Nesse caso ela chegou na costa e dai sim quebrou, mas foi uma altura normal. Normalmente o fenômeno atinge um trem de ondas só — complementa o especialista. O próprio meteorologista do grupo RBS, Leandro Puchalski, já havia informado sobre a possibilidade de o município de Araranguá ter sido atingido por um tsunami meteorológico. De acordo com ele, esse tipo de formação de onda já foi registrado em Florianópolis em 2009, quando a água atingiu praias do Sul da Ilha. O mesmo aconteceu na Praia do Cassino, no Rio Grande do Sul, em 2014. No Sul do Estado, onde o tsunami meteorológico foi visto, Salles acredita que o sistema não chegou a se intensificar, caso contrário, a onda poderia ter quebrado na costa com uma altura de até cinco metros _ há registros assim, mas não no Brasil. Segundo ele, essa intensificação ocorre quando o sistema fica parado junto ao mar entre três e dez minutos. Sem um registro específico do momento da onda, Salles afirma não saber qual o tamanho do fenômeno. — Não é um evento comum. É difícil prever por quê é uma coisa local, sem contar que ele não é extenso e para ocorrer é preciso dessa conjunção de fatores. Possivelmente daqui quatro ou cindo anos veremos outro meteotsunami — prevê Salles ao pontuar que há registros similares de 2009, em Pântano do Sul, e em 2014, no Sudeste. Por fim, apesar da dificuldade de prevê o fenômeno, o oceanógrafo salienta que algumas característica atmosféricas, como o formato das nuvens, podem ser um alerta. Nesse caso, a forma deve ser ondular ou com a plataforma triangular, similar ao formato dos tornados.

domingo, 9 de outubro de 2016

Furacão Matthew toca o solo na Carolina do Sul e mata 10 nos EUA

O furacão Matthew tocou o solo no sudeste da Carolina do Sul na manhã deste sábado (8), informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Isso significa que o olho do furacão começou a se mover sobre a terra, provocando uma tempestade que, apesar de enfraquecida, ainda causa estragos na região. Até então, o olho do furacão estava se movendo sobre o oceano, e passou pela costa dos estados da Flórida e da Geórgia. Pelo menos 10 pessoas morreram na passagem do furacão pelo país, informa a agência de notícias Associated Press. Três na Geórgia, outras três na Carolina do Norte e quatro na Flórida. A agência France Presse reporta uma quinta morte na Flórida.

sábado, 8 de outubro de 2016

Número de mortos por furacão Matthew sobe para 877 no Haiti

A passagem do furacão Matthew deixou 877 mortos no Haiti, segundo autoridades locais ouvidas pela agência de notícias Reuters nesta sexta-feira (7). O balanço oficial feito pela Defesa Civil é de 271 mortos. Há milhares de casas destruídas e muitos bairros seguem inundados na península do sudoeste do país. O furação é o mais forte a atingir o Caribe desde 2007, e foi justamente no Haiti que o Matthew causou mais destruição. O país mais pobre das Américas foi devastado por um terremoto em 2010 e até hoje ainda não se recuperou completamente. O vento de cerca de 230 km/h derrubou árvores, barrancos e pontes, além de destruir milhares de casas. Militares brasileiros estão ajudando os moradores desde terça (4), quando o olho do furacão atingiu o Haiti. Na manhã desta sexta (7), o senador haitiano Hervé Fourcan disse à agência de notícias France Presse que o acesso a muitas regiões atingidas pelo furacão no país está difícil, então é provável que o número de mortes continue aumentando. Na quinta (6), a Cruz Vermelha lançou um apelo de emergência para obter ajuda imediata para 50 mil haitianos. Milhares foram levados para abrigos onde falta água e comida. Hospitais estão lotados e sem remédio.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Governo da Colômbia e Farc assinam acordo de paz para conflito de 52 anos

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o número um das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”, assinaram nesta segunda-feira (26) em cerimônia na cidade de Cartagena de Indias, o acordo de paz que coloca um fim ao conflito armado que assola o país há 52 anos. O acordo foi anunciado em 24 de agosto, após quase quatro anos de negociações em Cuba e três fracassos de governos anteriores. A cerimônia conta com a presença de mais de 10 chefes de Estado da América Latina, como os presidentes Raúl Castro, de Cuba, que hospedou as rodadas de negociações, Nicolás Maduro, da Venezuela, Michelle Bachelet, do Chile, Mauricio Macri, da Argentina, entre outros. Também estão presentes o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e da diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. Cerca de 2.500 pessoas foram ao local assistir ao evento. O acordo contempla o abandono das armas pela guerrilha e sua transformação em movimento político, entre outros pontos. A nova agremiação política deve ocupar dez assentos no Congresso. No início da cerimônia, os líderes que subiram ao palco fizeram um minuto de silêncio em homenagem “aos colombianos ausentes”. O primeiro a assinar foi "Timochenko", que utilizou um "balígrafo", uma bala transformada em caneta, como sinal da evolução que a Colômbia terá em seu futuro. Ao terminar, ele levantou os braços e recebeu uma salva de aplausos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Terremoto mortal atinge o centro da Itália;

Um forte terremoto foi registrado na madrugada desta quarta-feira (24) no centro da Itália, provocando danos severos em algumas regiões e vários mortos. O tremor provocou pelo menos 250 mortes, segundo o departamento de Proteção Civil. Há mais de 360 feridos. Muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. O terremoto atingiu cidades e vilarejos montanhosos do centro do país, o que torna as operações de resgate ainda mais difíceis, disse a porta-voz do departamento Immacolata Postiglione. Em sua audiência geral desta quarta (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" no país. O serviço geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o tremor teve magnitude 6,2, e segundo a rede de televisão "Rainews 24", o epicentro foi situado entre as cidades de Perugia e Rieti, a pouco mais de 150 km a nordeste de Roma. A profundidade do terremoto, ocorrido precisamente às 3h36 (22h36 de Brasília), foi de apenas 10 km, o que representa um alto potencial de causar grandes danos e vítimas, segundo o USGS. O serviço geológico já registrou algumas réplicas, uma delas de magnitude 5,5, e informou que os tremores devem continuar por pelo menos mais alguns dias.

sábado, 30 de julho de 2016

Austrália terá de corrigir seus mapas; país está mais ao norte

A Austrália terá que corrigir sua latitude e longitude para estar de acordo com os dados dos sistemas de navegação por satélite, segundo um organismo científico oficial. As coordenadas geográficas deste vasto país estão atualmente afastadas em um metro, segundo a Geoscience Australia, o que pode representar um problema para as novas tecnologias baseadas em dados preciso de geolocalização, como as utilizadas pelos carros sem motorista. "Temos que ajustar nossas medidas de longitude e latitude" para "que os sistemas de navegação por satélite que utilizamos em nossos smartphones coincidam com os dados cartográficos digitais", declarou nesta semana Dan Jaksa, da Geoscience, à rede de televisão Australian Broadcasting Corporation. A Austrália se desloca atualmente sete centímetros ao norte por ano devido aos movimentos tectônicos, uma mudança que as coordenadas geográficas precisam levar em conta, segundo Dan Jaksa. A última atualização das coordenadas geográficas da Austrália foi realizada em 1994, e os novos dados estarão acessíveis em janeiro de 2017.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Padre é degolado em novo ataque terrorista no norte da França

Pelo menos três pessoas morreram e uma ficou ferida em estado grave após um ataque realizado na madrugada desta terça-feira (26), em uma igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, nas proximidades de Rouen, norte da França. O refém morto foi identificado pela mídia local como Jacques Hamel, um padre de 86 anos. Ele teria sido degolado. Os outros dois mortos são os agressores, que foram “neutralizados” pelas forças de segurança. Além disso, uma religiosa foi hospitalizada em estado grave e um policial ficou ferido durante a operação. e acordo com a imprensa local, os criminosos teriam invadido a igreja, por volta das 9h horário local (4h no horário de Brasília) portando facas e gritando em defesa do Estado Islâmico. Além do padre e da religiosa, duas freiras e outras pessoas que estavam no local também foram feitas reféns. O presidente da França, François Hollande, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, seguem para a cidade para acompanhar a situação. A França está em estado de alerta desde 13 de novembro do ano passado, quando ataques jihadistas deixaram 130 mortos e centenas de feridos na capital, Paris. A medida de segurança foi ampliada depois de um ataque na cidade de Nice, no último dia 14, quando um homem ligado ao Estados Islâmico atropelou uma multidão que celebrava a data nacional do país, deixando 84 pessoas mortas.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Quatro ataques em uma semana: por que a Alemanha virou a bola da vez?

Pelo menos 13 mortos e 50 feridos. Esse foi o saldo de quatro ataques que atingiram a Alemanha em apenas uma semana. Os atentados causaram pânico e geraram incertezas quanto à segurança do país, que até agora não havia sofrido incidentes do tipo. Os mais recentes ocorreram no último domingo. Mas por que o alvo dessa vez foi a Alemanha? Segundo especialistas, o país corre o mesmo risco de ser palco de ataques violentos como França e Grã-Bretanha. No final do ano passado, o governo anunciou que se juntaria à campanha militar internacional contra o grupo autodenominado Estado Islâmico na Síria, com o envio de aviões de reconhecimento, navios e um contingente de 1,2 mil de pessoal militar à região. Os militares alemães não estariam ativamente envolvidos nos bombardeios, mas prestando auxílio às ações. Além de ver a Alemanha como "inimiga" no front de batalha, o EI também quer ataques no país mais populoso da União Europeia ─ e que mais recebe refugiados do Oriente Médio ─ por outra razão: segundo o especialista em terrorismo Michael Ortmann, o EI que, com "incitar o ódio aos muçulmanos na Europa".

Homem com faca invade clínica no Japão e deixa 15 mortos

Um homem invadiu uma clínica para pessoas com deficiência em Sagamihara, no Japão, e atacou pacientes com uma faca. Segundo a emissora japonesa NHK, a polícia diz que pelo menos 15 pessoas morreram e 45 ficaram feridas. Um homem na faixa dos 20 anos foi preso e confessou ser o autor do ataque. Segundo o jornal "Japan Times", ele se entregou em uma delegacia por volta das 3h (15h em Brasília) e disse ser um ex-funcionário do local. A polícia foi acionada às 2h30 de terça (14h30 de segunda no Brasil) por empregados da clinica, que fica dentro de um complexo chamado Tsukui Yamayuri-en. Sagamihara fica 45 quilômetros a oeste de Tóquio.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Atirador mata 9 e se suicida em Munique, na Alemanha

Um ataque com arma de fogo acabou com 10 mortos -- incluindo o suspeito de ser o autor da ação -- e 16 feridos em Munique, na Alemanha, nesta sexta-feira (22). O caso ocorreu no shopping OEZ (Olympia-Einkaufszentrum) e arredores. Testemunhas disseram inicialmente ter visto três atiradores com armas de cano longo, e a polícia chegou a alertar que eles teriam fugido. Mas, mais tarde, informou que encontrou um corpo de uma pessoa que se matou e que, ao que tudo indica, é do atirador, que teria agido sozinho e com uma pistola. As pessoas que foram vistas fugindo não eram autores do ataque e não estavam armadas. Um porta-voz da polícia de Munique disse em entrevista coletiva que não há indicação de terror islâmico e que a polícia está analisando vídeos do tiroteio. Uma testemunha ouvida pela emissora RTL afirmou que ouviu um suspeito gritar "estrangeiros de merda". Ele estaria com uma bota do tipo militar. Mais um atentado em uma semana, embora dessa vez não ter ainda nenhuma ligação com terrorismo, mas talvez seja um momento de refletir e de questionar quando os países envolvidos irão assumir de uma vez por todas essa guerra contra o Estado islâmico e vão invadir a Síria e procurar os líderes desse grupo terrorista? ficar jogando bomba de avião não vai resolver nada. Se analisarmos o ataque por exemplo de domingo em Nice,foi muito mais perverso que os ataques com homem bomba quando um terrorista se explode, onde o próprio nem vê a atrocidade cometida. Neste caso, o terrorista vai matando e assistindo na sua frente a carnificina incluindo crianças é uma maldade que nos enche de vergonha como seres humanos racionais.Vale lembrar que durante a semana ainda tivemos mais um atentado também na Alemanha, onde um maluco agrediu vários passageiros de um metro com um machado em mãos.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Caminhão atinge multidão durante comemoração na França; 84 mortos

Um ataque com caminhão na cidade de Nice, no sul do França, deixou ao menos 80 pessoas mortas e vários feridos, segundo o jornal francês Le Figaro, citando fotes policiais, nesta quinta-feira (14), quando a multidão comemorava o feriado do Dia da Bastilha, data mais celebrada do que o Ano-Novo. O caminhão avançou sobre a multidão que estava no calçadão à beira-mar Segundo testemunhas, após o veículo avançar contra a multidão, seus passageiros abriram fogo contra as pessoas presentes, trocando tiros com forças policiais. O governador da região de Nice, Christian Estrosi, confirmou que o motorista do caminhão disparou contra a multidão e que dentro do veículo havia armamentos pesados e granadas. "É a maior tragédia da história de Nice", acrescentou o ex-prefeito da cidade, assegurando que "todos os serviços foram mobilizados para acompanhar as famílias" das vítimas.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

UPE inscreve para Sistema Seriado de Avaliação 2017

Abriu nesta segunda-feira, 11 de julho, o período de inscrições para o Sistema Seriado de Avaliação (SSA) 2017 da Universidade de Pernambuco (UPE). O prazo segue até 12 de agosto. O valor da taxa de inscrição é de R$ 90. Quem estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) pode solicitar isenção de taxa de inscrição de hoje até 15 de julho. Para participar, é necessário informar o Número de Inscrição Social (NIS). O resultado será publicado até o dia 27 seguinte com prazo de dois dias para recurso e a versão final sai até 05 de agosto. Os servidores da UPE e seus dependentes em primeiro grau poderão solicitar o benefício até 22 de julho; A aprovação será feita baseada na análise da documentação apresentada. Para estes, o resultado será publicado em até 1º de agosto. Os vestibulandos que não forem contemplados, deverão efetuar o pagamento da taxa até o dia 16 seguinte. As provas de todas as etapas serão realizadas de manhã. Confira os dias: -SSA 1: 4 e 5 de dezembro, os locais de prova serão conhecidos no dia 21 de novembro; -SSA 2: 27 e 28 de novembro, com divulgação dos locais de prova no dia 16 de novembro; -SSA 3: 13 e 14 de novembro, os locais de prova serão divulgados no dia 31 de outubro. Os locais de realização das provas do SSA 3 serão liberados nos dias 31 de outubro, do SSA 2 no dia 16 e SSA 1 em 21 de novembro, respectivamente, por meio do cartão informativo. Os classificados no SSA 3 serão conhecidos em até 16 de janeiro de 2017, enquanto o desempenho dos candidatos na segunda e primeira fases serão liberados até 17 de março. Oportunidades Para ingresso em 2017, a oferece 3.460 vagas em cursos de graduação distribuídos em 11 campi da universidade. Do total de oportunidades,1.730 são para a terceira etapa do SSA e 1.730 para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Para cotistas, há reserva de 20% dos postos. São 54 opções de cursos de graduação, os quais são ministrados nas regiões Metropolitana do Recife, Mata Norte, Mata Sul, Agreste e Sertão. Entre as novidades desta edição, estão a oferta dos cursos de Direito dos campi Benfica e Arcoverde (40 vagas cada), os cursos tecnológicos de Gestão em Logística, oferecido nos campi de Salgueiro e Mata Sul, passam a ter 30 vagas (cada) e o mesmo curso no campus Salgueiro, agora será ministrado no turno noturno.

sábado, 25 de junho de 2016

Reino Unido decide sair da União Europeia

Embora por uma margem apertada - 51,9% a 48,1% -, o Reino Unido votou pela saída da União Europeia (UE) no plebiscito realizado nesta quinta-feira. Trata-se de uma decisão histórica, que muda a relação do país com seus vizinhos e com o mundo. O país pertenceu ao bloco desde a fundação de seu embrião, a Comunidade Econômica Europeia, há 43 anos. Veja abaixo, o que deve ocorrer daqui pra frente. Como fica o governo do país O primeiro-ministro britânico, David Cameron foi a principal liderança na campanha pela permanência do país na UE e anunciou, na manhã desta quinta-feira, que deixará o cargo, ainda que não imediatamente - em seu discurso, ele disse esperar que o Reino Unido tenha um novo premiê até outubro. Não se sabe ainda quem será seu sucessor; é provável que seja um dos figurões do Partido Conservador que estiveram engajados na campanha pela saída da UE, como o ex-prefeito de Londres Boris Johnson ou o ex-ministro da Educação Michael Gove. Como será o processo de saída da UE Durante a campanha, Cameron disse que uma vitória da saída no plebiscito o levaria a ativar a Cláusula 50 do Tratado de Lisboa, que desde 2009 funciona como uma espécia de Constituição Europeia - dando início ao processo formal de retirada do bloco. Uma vez que o Artigo 50 é acionado, não dá para voltar atrás: um país só pode voltar à UE com o aval unânime dos outros países-membros. O processo de saída, porém, não é automático - ele tem de ser negociado com os membros do bloco. Essas negociação têm prazo máximo de dois anos e o Parlamento Europeu tem poder de veto sobre qualquer novo acordo formalizando o relacionamento entre o Reino Unido e a União Europeia.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Erosão fazem MPPB pedir interdição de tráfego em trecho da falésia do Cabo Branco

A erosão continua a ameaçar a falésia do Cabo Branco que abriga a Ponta do Seixas, conhecida como ponto mais oriental das Américas, em João Pessoa. No fim de 2013, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) pediu a interdição do tráfego de veículos no trecho que vai da altura da Estação Ciência até o mirante. Na concepção do MPPB, enquanto medidas não forem tomadas para amenizar o impacto dos ventos e das ondas sobre a barreira do Cabo Branco e do Seixas, o movimento de veículos sobre a barreira, principalmente na pista mais próxima dela, pode representar perigo de agravamento da situação, podendo inclusive provocar desmoronamentos. Levantamentos feitos sobre a área mostram que, por ano, a barreira do Cabo Branco vem diminuindo no mínimo 40 centímetros, por conta dos efeitos naturais da erosão provocada pela força das ondas e pela infiltração da água das chuvas. Como a vegetação nativa de restinga do local vem diminuindo a olhos nus, a proteção natural contra a infiltração da água das chuvas em trecho da barreira é uma realidade que não deve ser desconsiderada. Quem transita pela área com o objetivo de conhecer o ponto mais oriental das Américas percebe que em alguns trechos bem próximos à barreira, existem fitas impedindo o acesso de pessoas, justamente por conta do perigo que o local representa, com pequenos trechos sem vegetação e em crescente destruição provocada pelas enxurradas comuns da época de chuvas na faixa litorânea. Ponto mais oriental ameaçado Há cinco anos, professores pesquisadores das universidades federais da Paraíba e Pernambuco fizeram um estudo da área coordenado pela então gestão da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa. As áreas mais críticas apontadas foram justamente a Barreira do Cabo Branco, a Praça de Iemanjá e a Praia do Seixas. Uma projeção feita pelos estudiosos ao final da pesquisa, em 2009, era de que num futuro próximo, em cerca de 20 anos, a Paraíba poderia perder o título de ponto mais oriental das Américas por conta da destruição causada pela erosão na Barreira do Cabo Branco, onde estão localizados o Farol e a Ponta do Seixas, caso nenhuma medida de contenção fosse iniciada naquela época, para tentar desacelerar esse processo natural.

domingo, 12 de junho de 2016

Estado Islâmico assume autoria do massacre em casa noturna em Orlando

Omar Mateen nasceu nos Estados Unidos, há 29 anos, filho de imigrantes do Afeganistão. Tinha licença do estado da Flórida para portar armas, válida até 2017. “Não era uma pessoa proibida, então podia legalmente ir a uma loja comprar armas de fogo. Foi o que ele fez, por volta da semana passada”, disse Trevor Velinor, porta-voz da agência de regula bebidas, tabaco e armas no país. Com uma pistola de mão de um rifle AR-15, Mateen disparou mais de 100 tiros na boate gay Pulse, na madrugada de domingo (12). Matou 50 pessoas e feriu 53.

Morador de rua morre na Paulista e polícia suspeita do frio

orador de rua foi encontrado morto na madrugada deste domingo (12) na Avenida Paulista, próximo ao cruzamento com a Avenida Brigadeiro Luis Antônio, em São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil ainda investiga a causa da morte, mas como não havia sinais de violência física, uma das possibilidades é que ele tenha morrido em decorrência do frio. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a temperatura média durante a madrugada oscilou em torno dos 7ºC. O morador de rua foi identificado como Adilson Roberto Justino, com idade desconhecida. Segundo a secretaria, uma testemunha chamou a Polícia Militar por volta das 4h quando o encontrou sofrendo uma convulsão. Os policiais chamaram o socorro, mas Justino não resistiu. O local foi periciado e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). O caso está sendo investigado pelo 78º Distrito Policial. Este é o segundo caso de morte de um morador de rua, aparentemente por causa do frio.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O que é a sensação térmica - e como ela explica o frio 'siberiano' no sul do Brasil

Não se fala de outra coisa: o frio chegou antes mesmo do início do inverno e fez as pessoas tirarem os casacos do armário em boa parte do país. Chamaram especialmente atenção as temperaturas extremamente baixas registradas na serra catarinense na última quinta-feira. Às 6h, os termômetros marcaram -5,3ºC em Urupema, segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (CIRAM), mas a sensação térmica era de -29ºC, segundo boletins meteorológicos locais - um frio "siberiano" em pleno território brasileiro. No caso de Urupema, cidade localizada a 1.750 metros acima do nível do mar, as temperaturas baixas são comuns, tanto que a cidade se autointitula a "mais fria do Brasil". "À medida que você se distancia do nível do mar, a atmosfera fica mais rarefeita. Há menos vapor em suspensão no ar, um dos componentes responsáveis por regular a temperatura, já que a água retém calor", afirma Alexandre Nascimento, da Climatempo. Vento e umidade Mas, quando há um vento com velocidade de 80km/h, como o registrado na manhã de quinta-feira, o frio fica ainda mais acentuado. "A forte massa polar que avança sobre o país neste momento, aliada ao vento forte, gera esse frio siberiano que estamos vendo", diz Nascimento. O meteorologista explica que, no caso do calor, o que mais influencia uma sensação termina é a umidade. egundo o meteorologista da Climatempo, a expectativa é de que o frio se intensifique ainda mais neste final de semana. "Depois de segunda-feira, a tendência é a temperatura subir um pouco. Mas ainda teremos massas polares fortes nos próximos meses", diz Nascimento. "Nos últimos dois anos, o fenômeno El Niño dificultou a chegada de massas de ar frio ao Brasil ao retê-las no sul da Argentina. Neste ano, ele não está presente. Vamos ter um inverno com cara de inverno."

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sisu: UFPE divulga mudança em pesos e notas mínimas em 14 cursos

Quatorze cursos de graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terão novos pesos e notas mínimas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2017, que se baseia no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. A lista foi antecipada para que os candidatos possam se preparar com mais antecedência para a mudança. Sofreram alteração os cursos de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Enfermagem, Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Engenharia de Produção, Fisioterapia, Hotelaria, Matemática (bacharelado), Medicina, Nutrição, Odontologia, Química (bacharelado) e Terapia Ocupacional, todos nos Campus Recife, e de Design, no Campus Caruaru.

domingo, 8 de maio de 2016

As Inscrições do ENEM 2016 começam nesta segunda dia 09 de maio

Interessados em fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem se inscrever a partir de segunda-feira (9). O formulário estará aberto a partir das 10 horas e fica disponível apenas até o dia 20 de maio, às 23h59. Para se inscrever, há uma taxa de inscrição no valor de R$ 68, que pode ser paga até o dia 25 de maio inscrição em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios. Porém, nem todos precisam quitá-la, é possível solicitar isenção. Ela será automática para pessoas que vão terminar o ensino médio em 2016 e estão matriculadas na rede pública de ensino. Há também a possibilidade de declarar carência e solicitar isenção da taxa de inscrição do Enem 2016. Isso pode ser feito mesmo por quem não está na escola pública. As regras para esta solicitação estão disponíveis no site oficial. As provas serão realizadas 5 e 6 de novembro.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Terremoto de magnitude 7,0 atinge Vanuatu

Um terremoto de magnitude 7,0 atingiu Vanuatu, no Pacífico Sul, nesta quinta-feira (27), informa o informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês). Inicialmente o terremoto foi classificado de magnitude 7,3, mas depois o USGS revisou sua intensidade. O tremor foi registrado a 5 km de Norsup e a 35 km de profundidade, de acordo com o USGS. Foi emitido um alerta de tsunami para a costa da ilha, informa o serviço. No entanto, segundo o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, não há risco de formação de um amplo tsunami no Pacífico, informa a agência Reuters. Até o momento não há informação sobre danos ou pessoas feridas. Vanuatu fica perto do chamado "Círculo de Fogo do Pacífico" e dos vulcões submarinos da Bacia de Lau, por isso registra tremores frequentes. A República de Vanuatu tem aproximadamente 250 mil habitantes e é formada por um arquipélago de origem vulcânica.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

O gigantesco lago africano que está desaparecendo

O Lago Chade, que fica na fronteira de quadro países na região do Sahel, na África, está desaparecendo. O lago já teve 25 mil quilômetros quadrados na década de 1960. Mas, nos últimos 50 anos, cerca de 90% da área do lago desapareceu. A parte seca é tão grande que agora está sendo usada para agricultura. Mas muitos temem que o pouco que restou da água do lago também desapareça, inviabilizando a atividade agrícola. Até o momento, acreditava-se que o excesso de pastagens na área causou desertificação e um declínio na vegetação, com parte do encolhimento atribuível a mudanças nos padrões do clima, e parte a uso humano da água, como o represamento ineficiente e métodos de irrigação. Mas é a poluição que vem de fora a causadora de alteração na ocorrência de chuvas. Ela é produzida pelas chaminés de fábricas e por usinas a carvão na Europa na África. lago Chade hoje se mostra como terrível exemplo das consequências possíveis do aquecimento global. Em resposta a uma pequena mudança nas condições do clima, o cinturão de chuva tropical moveu-se para o sul, com um diminuição consistente sobre a região do Sahel a partir dos anos 1950. O nível mais baixo de precipitação registrado ocorreu durante a década de 1980,

terça-feira, 19 de abril de 2016

Sobe para 480 de mortos após terremoto no Equador

Pelo menos 480 mortos, 2.560 feridos e 1.700 desaparecidos é o novo balanço do poderoso terremoto que atingiu a costa do Equador no último sábado, informou nesta terça-feira (19) Diego Fuentes, vice-ministro do Interior. O terremoto de 7,8 graus, de mais de um minuto de duração e considerado o pior no Equador em 40 anos, devastou de norte a sul a costa do país, deixando ainda um grande número de edifícios reduzidos a escombros e estradas bloqueadas em zonas de grande movimento de turistas.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Inscrições para o Enem 2016 começam dia 9 de maio; provas serão em novembro

O MEC (Ministério da Educação) anunciou nesta quinta-feira (14) o período de inscrições para o Enem 2016 (Exame Nacional do Ensino Médio), que vai das 10h do dia 9 de maio até as 23h59 do dia 20 de maio. As inscrições devem ser feitas pelo endereço http://enem.inep.gov.br/. A taxa de inscrição será de R$ 68 em 2016, maior do que os R$ 63 do ano passado. O boleto poderá ser pago até as 21h59 do dia 25 de maio. Dessa vez, os candidatos poderão efetuar o pagamento também em casas lotéricas e agência dos Correios. O participante que obteve isenção da taxa de inscrição em 2015 e não compareceu à prova não terá direito a uma nova isenção na edição 2016. As provas serão realizadas nos dias 5 e 6 de novembro, após o período das eleições municipais. Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília), com fechamento às 13h. A prova começa às 13h30 em todo o país. Os cartões de confirmação, com os locais de prova, não serão enviados pelo correio, como já é feito desde o ano passado. Os estudantes deverão acessá-lo pela internet. O MEC estima que a edição deste ano do Enem tenha 8 milhões de inscritos e 6 milhões de participantes (já que nem todos confirmam a inscrição com o pagamento do boleto). Neste ano, os candidatos também terão acesso a um aplicativo para celular com o cronograma, informações e dicas sobre o exame. Ele será também uma ferramenta de comunicação dos candidatos com o MEC. O Enem é quesito obrigatório para o acesso em muitas universidades públicas. O desempenho no exame também é usado de seleção para programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). MEC vai coletar impressão digital Neste ano, todos os participantes do Enem 2016 terão as impressões digitais coletadas durante a prova. A medida será usada para evitar fraudes. O MEC também manteve o uso de detectores de metais nos locais de prova. Ampliar

sexta-feira, 25 de março de 2016

Usinas de carvão usam a mesma quantidade de água necessária para satisfazer 1 bi de pessoas

Adicione mais isso à sua longa lista sobre por que queimar carvão para gerar energia é uma ideia horrível. As usinas de carvão do mundo estão usando água suficiente para facilmente satisfazer as necessidades de um bilhão de pessoas por um ano. Pior: elas estão geralmente localizadas em áreas onde a água já é escassa. Um estudo que o Greenpeace divulgou nessa semana analisou o consumo de água em usinas de carvão, o que inclui cerca de 8.359 que estão ativas e outras 2.688 planejadas para entrar em atividade. É muita água. Apenas para referência, pense nisso: uma usina de carvão de tamanho médio que gere 500 MegaWatt absorve o conteúdo de uma piscina olímpica de água a cada três minutos. A água não é só usada apenas durante o processo de geração de energia (geralmente no processo de resfriamento), mas também para extrair o carvão do solo. Cerca de 44% dessas usinas ficam em áreas que não têm água doce o suficiente. Um quarto das novas usinas planejadas estão em locais em que o esgotamento de lençóis freáticos foram acelerados — a falta de água, em algumas vezes, foi causada pelo carvão ou extração de petróleo. E, claro, ter usinas de carvão na região pode piorar a qualidade de água ainda mais em função da contaminação de produtos residuais. A Índia, onde a poluição do ar é muito pior, não tem só um problema de queima de carvão. Eles também estão passando por uma difundida devastação de suas terras produtivas causadas pela falta de água. Os Estados Unidos estão um pouco melhor nesse ramo, pois o gás natural já superou o carvão como forma de energia mais usada no último ano. Quais são as nações mais dependentes da produção de carvão? Polônia e África do Sul, onde 85% da energia provém desse tipo de fonte. Algumas usinas estão testando formas de reduzir o consumo de água, com um método chamado “resfriamento à seco”, que pode ajudar um pouco. Isso pode mudar algo na política sobre uso de água, que prioriza o acesso do recurso às usinas de carvão. No entanto, segundo o estudo, a melhor solução é frear dramaticamente nossa dependência de carvão. Sol, vento e gás natural são algumas das opções que são bem melhores do que o carvão — e não apenas quando se trata de economizar água.