domingo, 27 de novembro de 2016

Funeral de Fidel Castro vai durar nove dias

Cuba fará luto de nove dias para se despedir de Fidel Castro. As cinzas do líder da Revolução Cubana percorrerão a ilha em uma carreata, antes de chegar ao seu destino final, o maior cemitério de Santiago de Cuba, em 4 de dezembro. O governo de seu irmão, Raúl, nomeou uma comissão especial para organizar os funerais. Fidel faleceu na sexta-feira às 22h29 locais (01h29 de Brasília) e seu corpo será cremado neste sábado em um ato privado. As cinzas ficarão expostas na segunda e na terça-feira no memorial José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, onde a população poderá prestar sua homenagem, segundo um comunicado oficial. Na mesma terça-feira, dia 29, às 19h locais (22h de Brasília), Havana despedirá o histórico dirigente com um ato multitudinário na Praça da Revolução, coração político de Cuba, onde Fidel fez muito de seus famosos e quilométricos discursos. 'Peregrinação das cinzas' No dia seguinte, começará uma peregrinação com as cinzas de quatro dias, entre 30 de novembro e 3 de dezembro, que percorrerá 13 das 15 províncias da ilha. Os restos mortais do líder viajarão de estrada no sentido contrário ao da "Caravana da Liberdade", a mesma que levou um Fidel triunfante de Santiago de Cuba até Havana em 1959, quando depôs a ditadura de Fulgencio Batista. Será um trajeto de 1.000 km até Santiago de Cuba, onde está previsto um "ato maciço" na praça Antonio Maceo. O sepultamento ocorrerá no dia 4 de dezembro às 07h locais (10h de Brasília).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Furacão e terremoto atingem a América Central

ho do furacão Otto, vindo pelo Mar do Caribe, tocou a terra no extemo sudeste da Nicarágua na tarde desta quinta-feira (24). Com diferença de cerca de uma hora, um forte terremoto de magnitude 7,0 ocorreu no Oceano Pacífico, no lado oposto do continente da Amércia Central. O furacão Otto, de categoria 2, chegou com intensas chuvas e fortes ventos, de até 175 km/h, afetando não só a Nicarágua, como também o norte da Costa Rica. Já o terremoto foi sentido nesses dois países e também em El Salvador. O epicentro do tremor foi registrado a 10,3 km de profundidade e a 153 km da cidade de Puerto El Triunfo, em El Salvador, de acordo com o USGS. O Centro de Aviso de Tsunami no Pacífico dos EUA disse que ondas perigosas podem se formar a 300 km do epicentro. O Serviço de Emergência de El Salvador afirmou pelo Twitter que não há relatos imediatos de danos nacionalmente, mas ordenou que moradores de comunidades do litoral deixem a área. A ministra do Meio Ambiente, Lina Pohl, disse que ondas de três metros podem atingir a costa. Devido aos dois fenômenos naturais, que não têm ligação entre si, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, declarou estado de emergência no país. Segundo o jornal nicaraguense "La Prensa", o tremor foi sentido nas localidades de Managua, Masaya, Chinandega, Granada, Matagalpa, Carazo, León e Boaco.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Japão emite alerta de tsunami após forte terremoto

Um tremor de magnitude 7,4 com epicentro no mar atingiu o Japão às 5h59 desta terça-feira (22), pela hora local, segundo a Agência Meteorológica Japonesa. A agência inicialmente mediu magnitude 7,3, mas depois revisou o número. O Serviço Geológico dos EUA, por sua vez, informou também inicialmente que a magnitude foi de 7,3, mas em seguida a revisou para 6,9. As autoridades fizeram um alerta de tsunami para a Prefeitura de Fukushima, com possibilidade de ondas de 1 a 3 metros. Por volta das 11h, na hora local (22h em Brasília) a rede NHK informava que o mar subia cerca de 60 cm na costa. A NHK disse ainda que a usina nuclear de Fukushima foi inspecionada e não foi constatada nenhuma anormalidade. O abalo, que foi sentido em terra, aconteceu a poucos quilômetros da costa leste da Ilha de Honshu, a principal do Japão. O epicentro, localizado a 67 km da localidade de Iwaki, tem profundidade de cerca de 30 km. Em visita a Buenos Aires, na Argentina, o premiê japonês Shinzo Abe disse que ordenou às autoridades japonesas a fornecer informações "precisas e atualizadas" sobre o alerta de tsunami para a população. Zona sísmica O Japão se situa na junção de quatro placas tectônicas e experimenta uma série de tremores violentos a cada ano. Em março de 2011, um terremoto de 9,0 graus de magnitude provocou um tsunami na costa nordeste do Japão, deixando mais de 18.000 pessoas mortas ou desaparecidas, e derretendo três reatores da usina nuclear de Fukushima, o que provocou a liberação de uma grande quantidade de material radioativo. Em abril passado, dois fortes terremotos atingiram a província de Kumamoto, no sul do Japão, e foram seguidos por mais de 1.700 tremores secundários, deixando pelo menos 50 mortos e causando danos generalizados.

domingo, 13 de novembro de 2016

Super Lua acontece nesta segunda

A Lua Cheia do dia 14 de novembro de 2016 será extraordinária, não apenas por se tratar de uma Super Lua, mas sim por ser a maior e mais brilhante Super Lua em setenta anos. A Super Lua que acontece no mês de novembro será a maior e mais brilhante Lua Cheia em cem anos. A última vez que a Lua se aproximou tanto da Terra foi em 26 de janeiro de 1948, ou seja, a maioria da população mundial NUNCA viu uma Lua tão grande quanto essa que surgirá no céu em 14 de novembro... e a próxima vez que a Lua irá se aproximar tanto da Terra será apenas em 25 de novembro de 2034. Só com isso já dá pra entender como a Lua Cheia de amanha será especial e rara.

Na TV, Trump confirma muro e diz que irá deportar até 3 milhões o número de ilegais país

Em sua primeira entrevista após ser eleito presidente dos EUA, Donald Trump voltou a afirmar no domingo (13) que irá construir um muro na fronteira com o México e estimou em até 3 milhões o número de pessoas que podem ser inicialmente deportadas do país. Mas o republicano abrandou um pouco o discurso em relação ao sistema de saúde do atual presidente, e também aproveitou para elogiar enfaticamente sua adversária, a democrata Hillary Clinton, e o marido dela, o ex-presidente Bill Clinton. Ao lado da mulher, Melania, e de seus quatro filhos mais velhos, Donald Jr., Eric, Ivanka e Tiffany, ele concedeu a entrevista à jornalista Lesley Stahl, para o programa 60 Minutes, da CBS. A gravação aconteceu na sexta-feira, na cobertura de Trump, em Nova York. Ao ser perguntado pela entrevistadora se aceitaria uma cerca no lugar do muro na fronteira com o México, já que esta seria a versão debatida pelo Partido Republicano no Congresso, ele afirmou que sim, em partes. “Para algumas áreas eu aceitaria, mas para outras um muro é o mais apropriado”. Ele então falou sobre os processos de deportação. Durante a campanha eleitoral, Trump chegou a dizer que deportaria todos os imigrantes ilegais, cerca de 11 milhões de pessoas, e que depois permitiria que “boas pessoas” retornassem legalmente aos Estados Unidos.

Terremoto na Nova Zelândia deixa 2 mortos

O forte terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Nova Zelândia neste domingo (13) deixou duas pessoas mortas, segundo o primeiro-ministro, John Key."Nós não temos nenhuma indicação no momento de acreditar que vai subir [o número de mortos], mas não podemos descartar isso", disse Key a repórteres na capital, Wellington, acrescentando que os detalhes das mortes ainda estavam sendo confirmados, cerca de sete horas após o tremor principal. A polícia tentava chegar ao local de uma das mortes, uma propriedade rural a 150 km de Christchurch, enquanto outra pessoa morreu em um desabamento no vilarejo vizinho de Kaikoura. A Defesa Civil neozelandesa chegou a emitir, pelo Twitter, um alerta de tsunami (formação de ondas gigantes com potencial destrutivo) para toda a costa leste do país, incluindo Wellington, a cidade de Christchurch e as ilhas de Chatham. Às 18 horas (horário de Brasília), já não havia mais nenhum alerta de tsunami para a região. Milhares de pessoas deixaram suas casas na costa leste do país em direção a áreas mais altas, após a Defesa Civil da Nova Zelândia emitir o alerta de tsunami, com possibilidade de ondas destrutivas. Vilarejos rurais na Ilha do Sul foram isolados por deslizamentos de terra e ficaram sem serviço telefônico durante as fortes réplicas, que duraram horas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Donald Trump surpreende e é eleito presidente dos EUA, entenda como funcionam as eleições nos Estados Unidos

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, o magnata Donald Trump, surpreendeu a maioria dos prognósticos e foi eleito o 45º presidente do país na madrugada desta quarta-feira, 9. Ele contou com um bom desempenho em Estados-chave como Flórida e Ohio e vitórias surpreendentes em Michigan e Wisconsin para tirar os democratas da presidência. Entenda as regras da eleição No dia das eleições, os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto. Há, entretanto, duas diferenças fundamentais. A primeira está na modalidade do voto, que, nos Estados Unidos, é facultativo. Ou seja: no dia das eleições, o cidadão pode ir ou não ir às urnas, sem com isso ter qualquer prejuízo ou precisar apresentar qualquer justificativa. Isso também implica um tipo diferente de campanha, na qual os candidatos precisam convencer os eleitores pouco mobilizados a participar das eleições. A segunda diferença reside no caráter indireto das eleições americanas. Ao contrário do Brasil - onde a totalidade dos votos dos cidadãos é somada e, disso, concluído o vencedor do pleito - nos Estados Unidos o voto do eleitor não é creditado diretamente ao seu candidato. Os votos dos eleitores de cada Estado (ainda que dados para candidatos específicos) servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral (Electoral College). São estes que representarão os eleitores de sua unidade federativa na escolha final do futuro presidente. Desde 1954, o Colégio Eleitoral é composto de 538 assentos, dos quais pelo menos 270 votos (maioria mínima) são necessários para se decretar um vencedor. Ocorre, no entanto, que, na maioria dos casos, a determinação final dos votos de cada Estado é absoluta, e não proporcional. Isto é: mesmo que o candidato X derrote o candidato Y no Estado W por 55% contra 45% dos votos válidos, X obterá todos os representantes de W, enquanto Y não levará nenhum ao Colégio Eleitoral. Esse sistema é conhecido como "The Winner Takes It All" ("O Vencedor Leva Tudo"). (Os únicos Estados em que se realiza uma contagem diferente são Maine e Nebraska.) Soma-se a isso que cada Estado tem uma quantidade própria de representantes determinada proporcionalmente pelo tamanho de sua população. O sistema, assim, permite que, no final das eleições, Y obtenha mais votos totais que X e, mesmo assim, acabe derrotado no Colégio Eleitoral por ter perdido a disputa nos Estados mais populosos. Isso ocorreu pela última vez em 2000, quando o democrata Al Gore enfrentou o republicano George W. Bush. Bush derrotou Gore no Colégio Eleitoral por 271 votos a 266, embora tenha perdido na soma geral (47,87% contra 48,38%, ou 500 mil votos a mais para o democrata). Foi a quarta vez que o fenômeno ocorreu em toda a história da democracia americana. Estas características, aliadas ao alto grau de autonomia das leis eleitorais de cada Estado, fazem também com que o tempo em que o resultado das eleições é anunciado varie de ano a ano. Em 2000, devido às polêmicas das contagens na Flórida, o processo de contagem dos votos demorou mais de um mês. Já em 2008, devido à boa vantagem de Barack Obama em muitos Estados, o democrata já era o presidente eleito no final do dia da votação. Para melhor entender as eleições americanas, é bom ainda também ter em mente que, além de tamanhos e pesos eleitorais distintos, os Estados americanos possuem perfis políticos diferentes, o que por vezes acaba por lhes conferir funções específicas nas eleições. Os Estados americanos tendem a ter uma identidade política bem definida com um dos dois grandes partidos; isso ocorre, por exemplo, no Texas, que historicamente tem um voto republicano, independentemente dos candidatos em disputa. Contudo, há alguns Estados que podem tanto pender para um lado como para outro, como a Flórida. Estes Estados - "Swing States", como são chamados - tendem a atrair maior esforço e dinheiro de campanha e, em eleições bastante disputadas, geralmente são determinantes no resultado final. As eleições ocorrem sempre na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira do mês de novembro.