
O vulcão Etna voltou à ativa nesta última quarta-feira, causando a emissão de lavas e cinzas a mais de 100 metros de altura. Ele está situado na parte oriental da Sicília (Itália), entre as províncias de Messina e Catânia
Diário online das aulas de Geografia do Prof. Paulo Roberto, comentários sobre atualidades, notícias do ENEM e dos vestibulares, revisão das principais aulas e muito mais.

A Nasa anunciou hoje que encontrou o primeiro sistema solar com sete planetas de tamanho similar ao da Terra pela primeira vez na história. O sistema foi encontrado a cerca de 39 anos-luz de distância–uma distância relativamente pequena em termos cósmicos.
Dos sete planetas, três estão dentro de uma zona habitável, onde é possível ter água líquida e, consequentemente, vida. Os astros mais próximos do seu sol devem ser quentes demais para ter água líquida e os mais distantes devem ter oceanos congelados.
Os planetas orbitam uma estrela anã chamada Trappist-1, que é similar ao Sol e um pouco maior do que Júpiter. Segundo a agência espacial, os astros têm massas semelhantes à da Terra e são de composição rochosa. A expectativa da Nasa é que, na pior das hipóteses, ao menos um dos planetas tenha temperatura ideal para a presença de oceanos de água em forma líquida, assim como acontece na Terra.
As observações preliminares indicam que um dos planetas pode ter oxigênio em sua atmosfera–o que possibilitaria a realização de atividades fotossintéticas por lá. Para que haja vida como concebida por nós, no entanto, é preciso a presença de outros elementos na atmosfera, como metano e ozônio.
Telescópios na Terra e o Hubble, um telescópio espacial, poderão analisar em detalhes as moléculas das atmosferas dos planetas. Nessa exploração, o Telescópio James Webb, que será lançado ao espaço em 2018, terá papel fundamental. Ele será equipado com luz infravermelha, ideal para analisar o tipo de luz que é emitida da estrela Trappist-1.
Quando o novo telescópio da European Space Organisation começar a funcionar, em 2024, será possível saber se há realmente água nesses planetas.
Mesmo que os pesquisadores não encontrem vida nesse sistema, ela pode se desenvolver lá. O estudo indica que a Trappist-1 é relativamente nova. “Essa estrela anã queima hidrogênio tão lentamente que vai viver por mais 10 trilhões de anos–que é sem dúvida tempo suficiente para a vida evoluir”, escreveu Ignas A. G. Snellen, do Observatório de Leiden, na Holanda, em um artigo opinativo que acompanha o estudo na revista Nature.
Apesar da similaridade entre a Terra e os planetas do sistema recém-descoberto, a estrela Trappist-1 é bem diferente de nosso Sol. A estrela tem apenas 1/12 da massa do nosso Sol. A sua temperatura também é bem menor. Em vez dos 10 mil graus Celsius que nosso Sol atinge, o Trappist-1 tem “apenas” 4.150 graus em sua superfície.
Primeiro eclipse solar de 2017 ocorre no próximo domingo (26). No Brasil, ele poderá ser visto de forma parcial e apenas em algumas regiões. O fenômeno será anular (quando se vê toda a silhueta do Sol e apenas um anel de luz ao redor) na região sul do Chile, Argentina e Angola e no norte da Zâmbia.
Neste ano, teremos apenas uma superlua em dezembro, mas dois eclipses solares. Este é o primeiro no ano - o último fenômeno ocorreu em setembro de 2016. Isso ocorre quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, bloqueando a passagem da luz.No Brasil, o eclipse poderá ser visto a partir das 10h02 em São Paulo. No Rio de Janeiro, às 10h10. No intervalo entre as 9h e as 12h do domingo, o fenômeno ocorrerá em algum momento em todas as capitais, exceto Rio Branco, Macapá, Manaus, São Luís, Belém, Porto Velho e Boa Vista.
Os astrônomos lembram que não é seguro olhar diretamente para o Sol, já que há risco de comprometer a visão. O ideal é usar um óculos especial ou buscar por eventos organizados em observatórios espaciais.
O outro eclipse solar do ano será no dia 21 de agosto. Com uma duração de 2 minutos e 40 segundos, de acordo com a Nasa, ele deverá ser visto parcialmente na América do Sul - a escuridão total ficará por conta dos moradores dos Estados Unidos.
Um novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia
As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos.
Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido.
Um artigo publicado a publicação científica Geological Society of America's Journal afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados - quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados.
Critérios
Cerca de 94% desta área estão submersos - há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do norte e do sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia.
É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano.
Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal?
A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número.
Oitavo continente?
Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes - América, África, Europa, Ásia e Oceania - é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos.
Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul.
Europa e Ásia - que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia - tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos.
Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes - a Zelândia viria a ser o oitavo.
O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente.
"O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores.
"O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental".
Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente?
Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos.
No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes.
Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo - se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles.