Diário online das aulas de Geografia do Prof. Paulo Roberto, comentários sobre atualidades, notícias do ENEM e dos vestibulares, revisão das principais aulas e muito mais.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Agora no Mercosul, Venezuela produz 'carro socialista' e modelos que servem ao Brasil
A entrada da Venezuela no Mercosul, anunciada no final de junho, foi uma das grandes surpresas geopolíticas de 2012. Brasil, Argentina e Uruguai aproveitaram a suspensão até 2013 do Paraguai, punido pelo impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo, e admitiram o país de Hugo Chávez na área de livre comércio -- um acordo que inclui facilidades aduaneiras e tributárias e que é crucial para a indústria automotiva local.
O Paraguai era contra a adesão venezuelana.
Brasil e Argentina têm parques industriais e mercados internos complementares no setor de veículos. As quatro grandes montadoras brasileiras (Fiat, General Motors, Volkswagen e Ford) tratam suas fábricas no país vizinho como se fossem daqui, apenas um pouquinho mais distantes. São feitos lá, entre outros, Grand Siena, Classic, SpaceFox e Focus. Toyota e PSA também são empresas fortemente beneficiadas pelo Mercosul.
Agora, cabe a pergunta: como fica o setor automotivo desses países com a adesão da Venezuela ao bloco, caso sejam estendidos a ela os benefícios em vigência atualmente (um processo que pode demorar alguns anos)?
O ambiente politico do país é instável -- já se aventou até a estatização de fábricas de veículos locais -- e o "socialista bolivariano" Chávez, no poder desde 1999 e candidato a nova reeleição este ano, é imprevisível. Mas as regras do Mercosul, inclusive a cláusula democrática usada para punir o Paraguai, podem "enquadrar" a Venezuela e oferecer melhores perspectivas de negócios.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário