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sexta-feira, 20 de julho de 2012
Docentes da UFPE adiam decisão sobre novo calendário acadêmico
Durou mais de quatro horas a reunião entre o Conselho Universitário da Universidade Federal de Pernambuco, presidido pelo Reitor, Anísio Brasileiro, e os docentes e técnico-administrativos da instituição de ensino superior. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), o Conselho considerou insatisfatória a proposta do governo e reafirmou que o calendário acadêmico só será reprogramado após o término da greve nacional. No entanto, ainda não há previsão para o término do movimento.
Na última assembleia da categoria foi rejeitada a proposta apresentada pelo governo federal na última sexta (13). Para o presidente da Adufepe, José Luis Simões, a proposta não atende nenhuma das reivindicações da categoria. "O foco da discussão foi a proposta do governo, apresentada na semana passada. O Conselho Universitário reconheceu que sente a necessidade de aprofundar a negociação com os docentes e iniciar a negociação com os técnicos", pontuou Simões.
Mais de 300 pessoas participaram da reunião, realizada no auditório da reitoria da UFPE, esta manhã. De acordo com o presidente da Adufepe, está marcada para segunda-feira (23) uma rodada de negociação, em Brasília. Já na quinta-feira (26) acontecerá uma assembleia com os professores da UFPE. Para a Adufepe, depois de quase 60 dias em greve a primeira proposta apresentada pelo governo não estabelece um reajuste de acordo com a inflação e não prevê nenhuma melhoria para a carreira.
Para os docentes a proposta apresentada pelo governo desconsidera a carreira unificada. Além disso, para a categoria a proposta também é inaceitável por conta da restrição no reajuste, do aumento da carga mínima de horas-aula em 50% e da exclusão dos aposentados. Por nota, o Conselho afirmou as informações passadas pela Associação dos docentes e reconheceu ser essencial a apresentação pelo Governo Federal de uma proposta concreta e imediata para os técnico-administrativos em educação.
Ao todo, 95% dos professores da UFPE aderiram à paralisação que já dura mais de dois meses. Cerca de 50 mil estudantes estão sendo afetados pelo movimento, uma vez que as aulas foram interrompidas desde o mês de maio.
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