quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cameron diz que Brasil é parceiro preferencial do Reino Unido

No primeiro dia de sua visita oficial ao Brasil, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira que o crescimento da economia brasileira transformou o país em um parceiro preferencial do Reino Unido. Em discurso para empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele lembrou que no ano passado o Brasil ultrapassou a Grã-Bretanha e se tornou a sexta maior economia do mundo. — Nós, britânicos, temos um ditado: se não pode vencê-los, junte-se a eles — disse Cameron, durante discurso a empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Entre os setores apontados como preferenciais por Cameron, estão os de energia, defesa, infraestrutura, educação e farmacêutica. Ainda falando sobre o atual momento brasileiro, ele recorreu a uma metáfora do futebol. — O futebol foi inventado no Reino Unido, mas aperfeiçoado no Brasil — afirmou ele, sem fazer em nenhum momento menção às barreiras comerciais que o Brasil tem usado para barrar a invasão de produtos estrangeiros. Depois de participar da assembleia da ONU, em Nova York, Cameron desembarcou em São Paulo. Sua primeiro compromisso foi visitar a fábrica da britânica JCB, de equipamentos pesados, em Sorocaba (interior do Estado). Depois, de volta à capital paulista, fez a pé o percurso entre seu hotel e a Fiesp, na avenida Paulista. Cameron, que veio ao Brasil com uma comitiva de 50 empresários, viaja ainda hoje ao Rio, onde tem jantar com o governador Sergio Cabral. Amanhã, já em Brasília, se encontra com a presidente Dilma Rousseff. Pelos números mais atualizados, o Brasil exporta cerca de US$ 5 bilhões para o Reino Unido, que importa outros US$ 3 bilhões. Muito pouco para uma corrente total de comércio de US$ 1,6 trilhão dos dois países. Além disso, em 2011 o Brasil investiu quase US$ 1 bilhão no Reino Unido, enquanto os britânicos aportaram US$ 3 bilhões por aqui. O relacionamento entre os dois países — que ganhou força também por conta da troca de experiências para a realização das Olimpíadas do Rio, em 2016 — pode ser medido pela iniciativa da General Dynamics UK, gigante do setor de defesa, que vai aproveitar a visita de Cameron para anunciar a abertura de uma subsidiária no Rio.

Nenhum comentário: