terça-feira, 30 de outubro de 2012

Número de mortos por tempestade Sandy passa de 100 em EUA e Canadá

Segundo autoridades dos dois países, mais de 100 pessoas morreram. Mais de 8 milhões de lares e comércios, em 18 estados, se encontram sem eletricidade, informou o governo federal. Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (30), enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. O furacão Sandy, que tocou a Costa Leste dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29) e que já matou pelo menos 25 pessoas no país e uma no Canadá, se aproximou da região continental norte-americana classificado como furacão de categoria 1, tendo sido "rebaixado" para ciclone extra-tropical assim que tocou o solo -- o que não retirou seu poder destrutivo. O fenômeno teve origem na região do Caribe e, antes de castigar os EUA, afetou áreas da Jamaica, de Cuba e do Haiti, provocando ao menos 67 mortes. Mas como nasce um furacão e como funciona sua categorização? O meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o fenômeno climático é resultado da combinação de alta temperatura na superfície do oceano, elevada quantidade de chuvas e queda da pressão do ar (sistema que favorece uma subida mais rápida do ar e uma constante evaporação da água do mar).
"Esse sistema costuma se formar em áreas próximas à Linha do Equador. Sem ventos inicialmente, o calor do oceano (2 ºC a 3 ºC acima do normal) provoca uma evaporação rápida da água, formação de nuvens e de chuva. Com a precipitação, a temperatura ao redor da nuvem aquece e provoca uma queda da pressão atmosférica na superfície do mar. Na prática, isso provoca ventos favoráveis à formação de chuva", disse. Ele explica ainda que, com a queda da pressão do ar, os ventos se intensificam e começam a se movimentar no oceano (em espiral), podendo atingir o continente.

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