sexta-feira, 17 de maio de 2013

Nicolás Maduro completa um mês à frente de uma Venezuela em crise

O chavista Nicolas Maduro completa no próximo domingo um mês à frente do governo da Venezuela, em um contexto de crise pós-eleitoral com a contestação dos resultados de 14 de abril, uma inflação crescente e uma escassez de bens básicos que o obriga a negociar com o setor privado para evitar o colapso econômico. "Tem sido um mês difícil para Maduro. Por um lado, teve de lidar com o questionamento de sua legitimidade e, por outro lado, precisou enfrentar uma crise econômica que está causando desconforto e descontentamento", considera o cientista político John Magdaleno. Importar papel higiênico Paralelamente à crise política, que foi refletida de forma mais clara em uma briga entre deputados em 30 de abril na Assembleia Nacional, Maduro enfrenta uma situação econômica muito delicada. O anúncio feito pelo governo esta semana da importação de 50 milhões de rolos de papel higiênico é um exemplo claro dos problemas de inflação, de escassez e falta de abastecimento que afligem os venezuelanos, em uma economia com um forte controle sobre os preços e altamente dependente do petróleo e das importações. De acordo com dados do Banco Central venezuelano, a inflação subiu para 4,3% em abril, acumulando 12,5% até agora este ano, em meio a uma crise de escassez sem precedentes. O governo já avisou que este ano vai ser difícil cumprir as metas de crescimento (6% do PIB) e de aumento dos preços (entre 14 e 16%). 'Imagine que o país com as maiores reservas de petróleo do planeta não tem papel higiênico', ironizou Capriles à agência de notícias France Presse

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