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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Entenda a situação dos refugiados sírios
A Europa vive uma crise migratória de enormes proporções. Guerras, pobreza, repressão política e religiosa são alguns dos motivos que fazem milhares de pessoas saírem de seus países em busca de uma vida melhor no continente europeu.
De acordo com um relatório da ONU, somente neste ano, mais de 220 mil imigrantes teriam chegado à Europa pelo Mediterrâneo. Os principais destinos dos imigrantes são Grécia, França, Itália e Inglaterra.
A travessia clandestina é arriscada: centenas já morreram tentando chegar à Europa. Traficantes de pessoas chegam a cobrar mais de R$ 10 mil por indíviduo para realizar a viagem pelo mar, em condições precárias. Mesmo em solo europeu, a viagem não termina para os imigrantes, que tentam seguir para a Grã-Bretanha pelo Eurotúnel ou ficam retidos nos países por falta de documentação, correndo risco de deportação.
Mais de 240 mil pessoas morreram na Síria desde 2011, ano em que estourou uma guerra civil no país, e, dentro desse número, estão 12 mil crianças. Em 2015, a guerra na Síria completou quatro anos de conflitos entre tropas leais ao regime, vários grupos rebeldes, forças curdas e organizações jihadistas, entre elas, o Estado Islâmico.
Estimativas da ONU apontam que mais de 7 milhões de sírios abandonaram suas residências dentro do país e quase 60% da população vive na pobreza. Os trágicos números refletem na alta taxa de emigração do país – seriam 4 milhões de refugiados sírios, a maior população de refugiados do mundo.
O principal destino dos sírios são a Turquia, que já recebeu 1,8 milhão de refugiados desde o início da guerra civil na Síria, Iraque, Jordânia, Egito e Líbano. Um relatório da ONU aponta que, somente no primeiro semestre deste ano, 44 mil pessoas saíram da Síria com destino à costa europeia.
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