domingo, 16 de abril de 2017

Coreia do Norte faz parada militar em meio à tensão com os EUA

Depois de ameaçar atacar os Estados Unidos sem piedade, a Coreia do Norte mostrou neste sábado (15) o que seriam novos mísseis de longo alcance. Mas a capacidade do país asiático de lançar um ataque nuclear nunca pôde ser comprovada de forma independente. É daquelas celebrações que fascinam e assustam ao mesmo tempo. Dezenas de milhares de pessoas, civis e militares, marchando em passos perfeitos no centro de Pyongyang. O "Dia do Sol" é uma homenagem à memória do fundador do país, Kim Il-sung, que faria 105 anos neste sábado (15). Comandando a cerimônia, o neto do fundador, Kim Jong-un, sorria ao apresentar ao mundo sua isolada nação do jeito que ele mais gosta. É a data mais importante do calendário da Coreia do Norte, com grandes celebrações acontecendo na capital, Pyongyang. Mas as atenções de muitas pessoas estavam voltadas para uma outra região do país. No nordeste da Coreia do Norte, em Punggye-ri, satélites espiões acompanham há semanas a possibilidade de ser realizado o sexto teste nuclear do país ou o lançamento de um míssil — demonstrações de força que tradicionalmente são feitas para marcar essas celebrações. Tropas navais dos Estados Unidos foram deslocadas para perto da península coreana, confirmando a postura desafiadora do presidente Donald Trump: ele indicou que pode agir militarmente caso os norte-coreanos desrespeitem mais uma vez as sanções da ONU contra testes de armas. Mas, para especialistas, o desfile deste sábado (15) já ofereceu um amplo cardápio de força, como os mísseis que podem ser lançados de submarinos ou os que já seriam de longo alcance, intercontinentais, mas que ainda precisam ser testados. São a clara indicação de que o jovem ditador não parece disposto a negociar. O comando militar americano no Pacífico afirmou que a Coreia do Norte tentou lançar um míssil na manhã de domingo, no horário local, mas que esse míssil explodiu pouco depois do lançamento.

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