sábado, 15 de junho de 2013

Brasil dá 'boas vindas' à Copa das Confederações com onda de protestos

O Brasil que recebe a Copa das Confederações a partir deste sábado, em Brasília, ofereceu como "boas vindas" a fumaça preta de pneus queimados em um protesto na frente do estádio Mané Garrincha. A manifestação que movimentou a capital federal na última sexta é só uma entre várias outras espalhadas pelo país, que vive um inesperado momento de revoltas e protestos. O fogo que paralisou uma das principais vias de Brasília foi criado pelo MTST. O movimento queimou pneus para protestar contra a venda de terrenos públicos para ajudar na construção do Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 1,2 bilhão. Neste sábado, uma nova manifestação, essa organizada pelo Facebook, promete reunir mais de duas mil pessoas para cobrar as autoridades pelo suposto desrespeito aos direitos humanos nas obras da Copa. No Rio de Janeiro, as horas que antecederão o confronto entre México e Itália, no próximo domingo, também devem ser marcadas por um protesto. Para brigar contra os aumentos abusivos de passagens de transporte público nas cidades-sede da Copa, um grupo organizou no Facebook um manifesto que aconteceria na entrada do Maracanã. De olho em todo esse processo, Minas Gerais se antecipou. Na última sexta, o TJ-MG (Tribunal de Justiça) decidiu proibir qualquer tipo de manifestação nos 853 municípios do Estados nos dias de jogos da Copa das Confederações. "A proibição se estende a todo e qualquer manifestante que porventura tente impedir o normal trânsito de pessoas e veículos, bem assim o regular funcionamento dos serviços públicos estaduais, apresentação de espetáculos e de demais eventos esportivos e culturais", disse a decisão. A própria seleção já foi afetada por algum tipo de revolta popular. Em Goiânia, o penúltimo dia da equipe na cidade foi marcado por uma manifestação em frente à concentração de quatro sindicatos em greve, que protestaram contra o governador Marconi Perillo. No dia seguinte, Felipão e companhia foram obrigados a ir de avião até Brasília para não cruzarem com uma manifestação na estrada que liga as duas cidades. "Temos acompanhado todos os protestos, mas não podemos fazer nada. Já temos muitas dificuldades para superar, não podemos nos envolver nisso. Queremos o carinho para a seleção, mas, se por causa desses problemas não tivermos, não temos o que fazer", disse David Luiz.

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