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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Suspeito de executar jornalista tem a voz reconhecida por ex-reféns
A investigação sobre a execução de um jornalista americano no Oriente Médio está voltada para o Reino Unido, de onde se suspeita que tenham saído os assassinos.
O homem por trás da máscara se tornou um dos mais procurados do mundo e a principal pista é o sotaque. Ele fala inglês de quem foi criado no leste de Londres, segundo especialistas em linguagem.
Foi ele quem, aparentemente, decapitou o jornalista americano James Foley, em nome do Estado Islâmico, o grupo extremista que age no Iraque e na Síria.
A voz dele foi reconhecida por ex-reféns, que, no cativeiro, o chamavam de John. Outros dois extremistas com sotaques britânicos foram apelidados de Paul e Ringo, numa alusão aos Beatles.
Algumas vítimas foram libertadas depois do pagamento de resgate. No caso do jornalista americano, o Estado Islâmico teria exigido o equivalente a R$ 300 milhões à família e a empresa em que ele trabalhava.
Estima-se que mais de 1.700 jovens muçulmanos britânicos, franceses e belgas tenham ido lutar no Oriente Médio, atraídos por grupos como o Estado Islâmico.
As autoridades se preocupam também com os que voltam de lá. Sessenta e nove já foram presos ao regressar da Síria.
Um britânico conta que ao ver imagens na TV reconheceu - entre os extremistas - o irmão. "Foi traumático", diz ele.
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