terça-feira, 21 de março de 2017

Brasil estaciona no ranking de IDH

O Brasil deixou de avançar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2015, de acordo com o último Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que engloba dados de 188 países e territórios e foi publicado nesta terça-feira (21/03). Em comparação ao ano anterior, o IDH brasileiro manteve o mesmo indicador (0,754) e a mesma posição no ranking global (79º), ficando ao lado da ilha caribenha de Granada e atrás de países como Azerbaijão, Líbano e Venezuela. A queda no rendimento bruto nacional em 2015 fez com que o IDH no Brasil estagnasse, apesar da pequena melhora em indicadores como expectativa de vida e escolaridade. Oficialmente, é a primeira estagnação no crescimento brasileiro desde 2010, quando os números passaram a ser divulgados anualmente. No entanto, a equipe do Pnud no Brasil afirmou que é "provável" que esta seja a primeira estagnação do IDH brasileiro desde 1990, quando foi iniciado o cálculo do índice. Mas para tal afirmação, os índices anuais dos últimos 25 anos teriam de ser recalculados.A Noruega segue no topo do ranking, com um IDH de 0,949. Em último lugar ficou a República Centro Africana, com um índice de 0,352. Para efeito de comparação, a expectativa de vida na Noruega é de 81,7 anos, a média de anos de estudo é de 12,7 anos e a RNB per capita é de 67.614 dólares. Além disso, em comparação com os países da América Latina, o Brasil ficou atrás de Chile (38º) e Argentina (45º) - os únicos latino-americanos que o Pnud classifica como de desenvolvimento humano muito alto, além de Uruguai e Barbados (54º), Bahamas (58º), Panamá (60º), Antígua e Barbuda (62º), Trinidad e Tobago (65º), Costa Rica (66º), Cuba (68º), Venezuela (71º) e México (77º). Calculado desde 1990, o IDH é uma medida composta de indicadores de saúde, educação e renda, que varia entre 0 (valor mínimo) e 1 (valor máximo). Quanto mais próximo de 1, maior é o índice de desenvolvimento do país. De 1990 a 2014, o Brasil apresentou um crescimento contínuo. Nesse período, saiu de um IDH de 0,611 para o atual 0,745, um aumento de 23,4%.

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