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domingo, 4 de agosto de 2013
Cidades com piores IDHs do Brasil têm suspeita de corrupção
Melgaço, no Pará; Fernando Falcão, no Maranhão; Atalaia do Norte, no Amazonas; Marajá Lucena, também no Maranhão e Uiramutã, em Roraima. Esses são os piores lugares pra se viver no Brasil.
E sabe o que eles têm em comum, além da pobreza? Suspeitas de corrupção!
De acordo com o estudo divulgado segunda-feira passada pelo programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, Melgaço tem o pior IDH do Brasil. O Índice de Desenvolvimento Humano leva em conta a renda, a educação e expectativa de vida dos moradores.
A educação em Melgaço - que tem cerca de 25 mil habitantes - foi considerada péssima, a pior do Brasil. E no local, não há saneamento básico nem água tratada.
Em 2011, o Ministério Público Federal investigou o repasse de 120 mil reais da Fundação Nacional de Saúde para o ex-prefeito José Rodrigues Viegas implantar um sistema de abastecimento de água no municipio.
De acordo com os procuradores, apenas 25 por cento da obra foram executados.
José Rodrigues Viegas respondia a essa e mais seis ações por improbidade administrativa. Ele foi prefeito entre 2001 e 2008, sempre negou as acusações e morreu no ano passado.
Os herdeiros podem ser obrigados a devolver o dinheiro.
“A grande maioria das nossas ações não foram julgadas. É preciso avançar muito em uma resposta mais rápida pra sociedade, principalmente em relação a recursos públicos”, disse o procurador.
Numacomunidade, quarenta famílias vivem em Palafitas. Uma tubulação no meio do esgoto abastece baldes, de onde os moradores retiram a água para o consumo.
Fernando Falcão, no Maranhão: o segundo pior IDH do Brasil.
A estrada de terra - rodeada de lixo - é o único acesso a Fernando Falcão, que tem cerca de 9000 habitantes.
Francilene tem duas filhas e ganha, em média, 30 reais por mês. “Tem dia que a gente passa como Deus quiser”, relata.
Em 2000, o Governo Federal mandou R$ 583 mil para um programa de geração de renda, que poderia ajudar pessoas como Franciele. Até hoje, o Ministério Público Federal quer saber o que foi feito com o dinheiro. Na época, o prefeito era Zeferino Almeida.
“Nada foi comprovado que eu corrompi esse dinheiro. Saí pobre da prefeitura”, afirma.
Fernando Falcão, no Maranhão: o segundo pior IDH do Brasil.
A estrada de terra - rodeada de lixo - é o único acesso a Fernando Falcão, que tem cerca de 9000 habitantes.
Francilene tem duas filhas e ganha, em média, 30 reais por mês. “Tem dia que a gente passa como Deus quiser”, relata.
Em 2000, o Governo Federal mandou R$ 583 mil para um programa de geração de renda, que poderia ajudar pessoas como Franciele. Até hoje, o Ministério Público Federal quer saber o que foi feito com o dinheiro. Na época, o prefeito era Zeferino Almeida.
“Nada foi comprovado que eu corrompi esse dinheiro. Saí pobre da prefeitura”, afirma.
“A corrupção diminuirá quando houver menos pobreza”, destaca o diretor da Transparência Brasil.
O desenvolvimento traz uma necessidade maior de haver eficiência no gasto público.
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