quinta-feira, 5 de setembro de 2013

G-20 se reúne na Rússia à sombra da Síria e da NSA

Os preparativos estão concluídos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não poupou gastos nem esforços para ser o perfeito anfitrião da cúpula do G-20, que começa nesta quinta-feira 5 na cidade histórica de Strelna, às margens do Golfo da Finlândia, devidamente blindada de manifestantes. As centenas de jornalistas convidados atravessarão o mar de barco, vindos de São Petersburgo, até o local da conferência. Sua tarefa é noticiar sobre uma cúpula harmônica, em que as 20 principais nações industrializadas e emergentes debaterão sobre como propiciar mais empregos e prosperidade para o mundo. Isso é, pelo menos, o que Putin desejaria. O atual panorama dá motivos para antecipar que este sétimo encontro do G-20 será tudo, menos harmônico. O conflito em torno da Síria, apesar de não estar na pauta oficial, deve ser o tema dominante – à sombra também do mal-estar causado pelo escândalo em torno da NSA (Agência de Segurança Nacional americana). A presidenta Dilma Rousseff já está na Rússia, e há rumores de que ela possa cobrar diretamente o presidente americano, Barack Obama, a explicar a denúncia de que a NSA monitorou sistematicamente as comunicações do Planalto. O Brasil exigiu de Washington um esclarecimento até o fim desta semana. Encontros bilaterais em aberto. Como foi divulgado na sexta-feira, a União Europeia de fato não tencionava tematizar a crise da Síria em São Petersburgo. No entanto, o próprio Putin decidiu-se por discutir o assunto. Permanece em aberto se haverá uma conversa a portas fechadas entre ele e Obama. O relacionamento entre os dois esfriou bastante desde o início das revelações feitas por Edward Snowden.

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