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segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Mais um Tornado atinge o Brasil
O pastor chileno Ricardo Ossandon, de 51 anos, foi uma das testemunhas do tornado que atingiu a cidade de Taquarituba, no interior de São Paulo, na tarde do último domingo (22). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Avaré, foram confirmados 2 mortos, um adolescente e um motorista de ônibus, e mais de 60 feridos.
“Foi terrível, destruiu muita coisa. Casas, telhados, silos onde se armazena milho, cereais”, contou Ricardo, lembrando que estava acompanhado de alguns fiéis assim que o fenômeno ocorreu, a cerca de 1 km de distância.
O vento atingiu onde estávamos, mas o epicentro (sic) da coisa foi a 1 km de distância. Parecia que tinham bombardeado tudo”, contou o pastor.Ossandon relatou também que conhece quatro famílias que foram muito prejudicadas pelo fenômeno. “Conheço uma moça que caiu a casa inteira, outra a parede caiu em cima do carro, outro o telhado saiu e o João de Matos”, pontuou o senhor, relembrando que este último escapou por pouco ao se refugiar em um barraco, localizado próximo a um posto de gasolina que foi totalmente destruído elo tornado.
“João mora a uns 100 m do posto. Como na casa dele tem um barracão, ele estava lá na hora e começou a estourar os vidros, e então ele se trancou no banheiro. Quando saiu, estava tudo destruído”, contou o Ricardo, informando também que a mulher de João, Pâmela de Matos, teve o rosto machucado em consequência do fenômeno.
A advogada Tassiane conta que voltava de Carlópolis (PR), a 55 km de Taquarituba, quando percebeu a grande nuvem em formato de funil. "A gente estava seguindo pela estrada quando vimos a nuvem, estava muito baixa e seguia paralela à estrada. Só conseguimos ultrapassar a nuvem depois de um tempo, porque ela era muito grande e se movia com velocidade", relata.
Ao chegar à entrada de Taquarituba, o casal acabou entrando no meio da tempestade. "Não dava pra enxergar nada, tinha muita coisa voando, o barulho era terrível e o carro estava totalmente sem controle, mesmo em baixa velocidade. Entramos em desespero naquela hora, aí meu namorado deu meia volta e saímos de lá."
A advogada conta que os dois pararam em um posto de combustíveis até a nuvem se dissipar. Pouco tempo depois, ao voltar para a cidade, o cenário era de destruição. "Parecia cena de guerra. Tinha árvores e postes caídos, placas de sinalização retorcidas, telhas de zinco espalhadas por todo lugar. Vimos ônibus e caminhões tombados e a cobertura de um posto de combustíveis destruída. O mais impressionante é que não foram nem cinco minutos entre o tempo que a gente fugiu da tempestade até voltarmos e já estava tudo destruído."
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